Fundamentalistas de olho no futuro

As mudanças na apresentação dos balanços prometem trazer mais segurança aos investidores, em especial aos chamados "fundamentalistas". Enquanto a inexperiência mantém as coisas um pouco "nebulosas", porém, que caminho eles devem seguir? Para o agente de investimentos da Investflow, Gustavo Oliveira de Andrade, o momento é propício para iniciar investimentos na bolsa de valores. "Vivemos um período em que existe a oportunidade de realizar a compra de blue chips a preços muito acessíveis em relação à média histórica desses ativos", comenta.

Leia a matéria completa

CARREGANDO :)

Com a entrada em vigor da Lei Federal Nº 11.638 de 2007, as S/A tiveram que adotar as chamadas Normas Internacionais de Contabilidade, mais conhecidas como IFRS (da sigla em inglês International Financial Reporting Standard). Para o Brasil, a medida é promissora: até 2010 as empresas nacionais estarão alinhadas com o padrão contábil de outros 110 países e poderão atrair mais investimentos externos. Por outro lado, as alterações preocupam muitos dentre os chamados investidores fundamentalistas, que realizam suas operações de acordo com a leitura de dados reais da empresa apresentados nos balanços contábeis. Isto porque a nova maneira de apresentar o balanço contábil chegou justamente em um momento delicado da economia – e as informações essenciais para os investidores ainda parecem "desfocadas" em meio às novas regras.

Para Carlos Peres, sócio da PricewaterhouseCoopers, as novas normas dão maior transparência às empresas. Segundo ele, outra vantagem é a facilidade de comparação entre companhias. "Se uma organização suíça ou francesa desejar uma joint-venture ou outro tipo de união empresarial com uma companhia de Curitiba, poderá quantificar perfeitamente seus ativos e passivos. Assim, certamente teremos operações mais ágeis e de sucesso", diz.  

Publicidade

Segundo Peres, a normatização demorou a sair e as empresas tiveram pouco tempo para se adaptar. "Apenas as empresas que têm investidores estrangeiros – algo em torno de 5% – já apresentavam seus balanços nos padrões internacionais", comenta.

Para o investidor, Peres aconselha a observar sempre o Ebitda (sigla em inglês para lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização), elemento usado para medir o fluxo de caixa de uma empresa e comparar dois ou mais empreendimentos.