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Lemos: Copel tem dinheiro em caixa | Antônio Costa/Gazeta do Povo
Lemos: Copel tem dinheiro em caixa| Foto: Antônio Costa/Gazeta do Povo

O perfil do endividamento da Copel é apontado como um dos diferenciais da companhia em relação às empresas do setor elétrico e deve permitir a captação de dinheiro com um custo menor em um momento de crédito escasso. A avaliação foi feita pelo analista de relações com investidores da companhia, Breno Lemos, durante a Expo Money. Ele destaca ainda a classificação de "investment grade" [grau de investimento] da companhia pelas agências internacionais de classificação de risco.

A Copel possui dívida total de R$ 1,86 bilhão, correspondente a 23,2% do patrimônio líquido da empresa. Deste total, 84% (R$ 1,57 bilhão) tem vencimento previsto para o longo prazo – dos quais 77% estão em moeda nacional e 7% em moeda estrangeira. Da dívida de curto prazo – 15% do montante –, 14% são em reais e 1% é em moeda estrangeira.

Foi justamente a apreciação do dólar que comprometeu o resultado da Copel no quarto trimestre de 2008. O recuo do lucro líquido foi de 43% no último trimestre de 2008, sobre o mesmo período do ano anterior. No acumulado do ano, a queda do lucro da empresa foi de 2,5%.

O analista destaca ainda o caixa da empresa, hoje com aproximadamente R$ 1,5 bilhão disponível, e a capacidade de geração de recursos mesmo em um ambiente de crise. "O setor de alimentos e bebidas é o nosso principal consumidor industrial. Assim, o mercado da Copel tende a ser menos abalado pela crise, já que este segmento não sofre queda de consumo em tempos de dificuldades", afirma.

O segmento representa 36,8% dos consumidores industriais da Copel. "O mercado da Copel vem crescendo acima da média nacional, e nada indica que neste ano será diferente", avalia. Em 2008, o chamado mercado fio – soma de consumidores de energia residenciais e industriais – cresceu 3,8% no Brasil e 5,6% no Paraná.

Dividendos

A direção da Copel vai propor à Assembleia Geral Ordinária, programada para o dia 23 de abril, o pagamento de R$ 262 milhões a título de dividendos aos acionistas. Isso deve representar R$ 1 por ação preferencial da classe B da companhia.

Serviço:

O Caderno de Economia da Gazeta do Povo abriu dois espaços na internet para complementar a cobertura da 4ª Expo Money Curitiba, que terminou ontem. Eles podem ser conferidos no link www.twitter.com/gazetaeco

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