| Foto:
Confira a evolução do principal índice da construção civil em três estados

A aquisição de um imóvel para uso próprio configura, evidentemente, um tipo de investimento. Mas como o comprador não está exatamente preocupado com a liquidez (a ideia inicial, afinal, é morar ou dispor de um espaço próprio para desenvolver atividade econômica), esse investimento possui características próprias. Independente disso, o dinheiro para a aquisição, via de regra, é oriundo de investimentos ligados ao mercado. Em outras palavras: para comprar a casa própria, o cidadão tira o dinheiro da poupança, da renda fixa ou de outras aplicações.

CARREGANDO :)

A questão de momento é saber se o melhor passo é tirar o dinheiro das aplicações e comprar o imóvel ou, então, aguardar os desdobramentos da crise para, quem sabe, encontrar um mercado ansioso por liquidez e disposto a vender por preços mais convidativos.

Para diretor do curso de Ciências Econômicas da PUC-PR e membro do Conselho Regional de Economia do Paraná (Corecon-PR), Carlos Magno Bittencourt, o momento é propício para a compra do imóvel próprio, já que o governo ampliou as linhas de crédito com juros reduzidos. Ou seja, dispor do dinheiro que estava aplicado para dar como entrada em um imóvel, assumindo um financiamento em condições propícias, uma possibilidade bastante razoável. Para Bittencourt, o consórcio de imóveis também é uma opção interessante, já que as taxas de juros e de administração são baixas.

Publicidade

Defensor da compra de imóveis próprios neste momento, o presidente do Sinduscon-PR, Hamilton Frank, sugere aos interessados pensarem na possibilidade de aquisição na planta ou, então, em fase de construção. "Nessas condições, os imóveis chegam a custar entre 20% e 30% a menos do que os imóveis prontos", diz. Normalmente, a entrega de imóveis na planta ou em construção, no mercado local, varia entre 12 e 24 meses.

O investidor deve apenas prestar muita atenção, evidentemente, à solidez da empresa que oferece o imóvel, e também tomar cuidado com o próprio orçamento: se ele paga aluguel e assume um financiamento, a "sangria" é maior – assim como o risco de perder o controle.