Não há risco de bolha imobiliária no Brasil, segundo os painelistas que participaram de debate promovido pela Gazeta do Povo na ExpoMoney Curitiba 2012. Algumas categorias de imóveis, entretanto, podem ter queda de preço. Gustavo Selig, presidente da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi), disse que a situação brasileira não pode ser comparada com a americana de 2007-2008.
Cidades como Curitiba, Porto Alegre, Belo Horizonte e Salvador ainda têm espaço para altas até que aconteça uma estabilização em seus valores. "Isso acontecerá em alguns anos", afirma Selig.
Lucas Dezordi, economista-chefe da Inva Capital e professor da Universidade Positivo, disse que as bolhas se formam quando os preços dos bens se deslocam acima de seu valor natural. E que, em toda a história econômica, bolhas no setor imobiliário sempre estão associadas à crise bancária.
"Se houvesse uma bolha imobiliária no Brasil, o Bradesco, a Caixa, o Itaú estariam quebrando. Mas eles vão muito bem", comentou.
Ainda assim, segundo Dezordi, a preocupação não é em torno apenas dos altos valores. Mas, sim, quando isso é pago por financiamentos, "que, em algum momento terão de ser corrigidos e o preço terá de voltar ao seu valor comum de mercado". Segundo Gustavo, o mercado de Curitiba não chegou a subir mais de 30% por ano nos últimos períodos. Ele afirma que a maior alta local ficou em torno de 23%. "Bem longe de 40% ou 50%."
Ele ainda afirma que, mesmo com estes aumentos, as margens das construtoras e incorporadoras não cresceu tanto, devido a altas nos custos trabalhistas e de insumos do setor.
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