O parque moageiro da região de Ponta Grossa, considerado um dos maiores da América do Sul, está ganhando fôlego com novos investimentos. A Cargill anunciou que vai aplicar R$ 350 milhões em uma nova fábrica em Castro, volume que pode chegar a R$ 1,2 bilhão com a atração de empresas fornecedoras e clientes. A fábrica, que deve ficar pronta em 2013, vai ampliar em 30% a capacidade de produção da multinacional na América do Sul.
A unidade deve processar cerca de 320 mil toneladas por ano de milho, segundo o secretário de Agricultura, Abastecimento e Meio Ambiente de Castro, Marcio José Lopes. Cerca de 200 empregos serão gerados. Castro produz cerca de 300 mil toneladas de milho por ano. O grão processado será usado na produção de amidos e adoçantes e deve atrair um parque de fábricas que utilizarão o produto da Cargill, segundo Lopes. O milho pode ser usado em produtos lácteos, balas, confeitos, bebidas, pães e até mesmo em insumos para as indústrias de papel e nutrição animal.
Segundo José Roberto Tosato, engenheiro agrônomo da Secretaria de Estado da Agricultura (Seab) em Ponta Grossa, o investimento é resultado da alta produtividade nas lavouras de milho na região, que chega a ser 30% superior à média do estado. "Castro tem um rendimento que chega a 12 quilos de milho por hectare", afirma. Mas a Cargill deve comprar milho também de Ponta Grossa, Tibagi, Ventania, Arapoti e Carambeí.
As moageiras são demanda garantida para os produtores da região, que responde por 10,5% da área plantada de soja no estado e 14,5% da produção, que deve chegar a 1,6 milhão de toneladas. "Entre 25% e 30% da produção de soja já foi vendida antes mesmo de ser plantada", afirma Tosato.
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