Os programas de mensagens instantâneas - instant messengers ou IM - são ferramentas reconhecidas como práticas e eficientes na comunicação entre usuários de internet residencial e em ambientes corporativos, mas especialistas alertam para os riscos envolvidos em seu uso indevido.
Em recente pesquisa, a consultoria Websense descobriu que dobrou - de duas para quatro horas - o tempo que os funcionários de empresas brasileiras gastam com assuntos pessoais na internet do trabalho, e que dois em cada três (68%) funcionários usam mensagens instantâneas no horário de trabalho (19% deles para assuntos pessoais). Ainda assim, 43% das empresas entrevistadas na América Latina aprovaram o uso de programas de mensagens instantâneas.
No entanto a funcionalidade retoma um antigo debate ético: o abuso no uso de mensagens instantâneas no trabalho abre espaço para ameaças como vazamento de informações, invasões e contaminação por vírus. É possível combinar uso e vigilância?
- Algumas empresas proibem totalmente a instalação de qualquer software nas estações de trabalho e o acesso a qualquer servidor público externo com a ajuda do firewall. Outras permitem o fluxo total ou parcial de mensagens instantâneas que rodam em um servidor próprio (servidor de mensageria), mas existem ferramentas que controlam com criptografia a entrada e saída de mensagens, podendo configurar relatórios de controle de remetentes e destinatários. Neste caso deve haver clareza organizacional. A empresa deve informar suas regras de monitoramento - destaca Duval Costa, gerente de suporte técnico da CLM Software.
Na opinião de Mauricio Taves, gerente de projetos da empresa de segurança da informação Módulo Security, muitas vezes o vazamento de informações acontece com um descuido dos usuários na divulgação de dados de algum nível de confidencialidade.