Desde quinta-feira (22), especialistas do setor elétrico estão atrás de uma explicação para a declaração do ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, que mencionou que seria preciso adotar medidas de racionamento caso o "limite prudencial de 10% nos nossos reservatórios" fosse atingido.
O jornal "O Estado de S. Paulo" conversou com três especialistas em energia. Nenhum soube explicar o que foi mencionado pelo ministro. No próprio MME, a declaração de Braga ainda não foi entendida. Ao falar do limite de 10%, o ministro chegou a dizer que esse parâmetro é estabelecido pelo Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (Cepel), ligado à Eletrobras.
Questionado sobre o assunto, o Cepel informou que os técnicos que poderiam dar uma explicação sobre o assunto estavam "em trânsito" e que, por isso, não tinha como comentar.
É mais do que usual no setor elétrico ter usinas funcionando com menos de 10% de seus reservatórios. Essa foi a realidade de diversas hidrelétricas ao longo do ano passado. Um exemplo é a usina de Três Marias, por exemplo, que continuou a funcionar no Rio São Francisco, mesmo com cerca de 3% da capacidade total de seu reservatório.
O funcionamento das hidrelétricas está associado à capacidade de vazão dos rios. Se há abundância de água, gera-se na capacidade plena. Conforme esse volume de água cai, a usina desliga parte de suas turbinas, para não comprometer equipamentos. A paralisação total de uma planta, no entanto, é rara.
A reportagem pediu uma explicação mais detalhada ao MME sobre a afirmação de Eduardo Braga. Até o momento, não houve resposta.
Eduardo Braga esteve reunido nesta sexta-feira com outros ministros na Casa Civil, para tratar da crise hídrica que afeta o País.
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