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A estabilidade é pré-condição para o aumento da produtividade e, consequentemente, do crescimento do país, na avaliação do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles.

Nesta sexta-feira (11), ele disse acreditar que a estabilidade é capaz de aumentar o horizonte de planejamento e o retorno dos investimentos para a economia brasileira.

O ministro participou de um evento organizado pela agência de notícias "Bloomberg", em São Paulo.

"A estabilidade aumenta o retorno efetivo do investimento, o que faz com que a produtividade, como consequência, também cresça. O crescimento da produtividade total dos fatores agregados foi baixo até 2003", disse o presidente do BC.

De 1992 a 2007, segundo Meirelles, essa produtividade foi responsável por cerca de 23% do crescimento do PIB. "No entanto, se tomarmos de 2003 a 2007, o componente foi de 63%. O que significa objetivamente que o aumento da produtivade atrai condição fundamental para a manutenção da estabilidade econômica", afirmou.

Juros

Dois dias após o anúncio da decisão do Banco Central, que elevou o juro em 0,75 ponto, Meirelles disse que a tendência é de que as taxas caiam ainda mais nos próximos anos, como consequência da austeridade de alguns prêmios de risco.

Durante o mesmo evento nesta sexta, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o governo estuda baixar a tarifa de importação do aço para conter a inflação, já que a alta dos produto tem impacto direto na economia.

"Nós já fizemos isso outras vezes. Quando o setor começa a exagerar na dose e subir preços, ele já sabe o que vai acontecer: baixamos a tarifa de importação. O que mais preocupa é o aço, porque ele causa um impacto em toda a economia", disse o ministro, em entrevista gravada em vídeo e exibida durante o evento.

Em maio, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) teve alta de 2,06%, puxado pelo aumento do aço e do minério de ferro. Nesta sexta, conforme a Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgou, a principal alta individual de preços no atacado foi de minério de ferro, de 75,25%, depois de queda de 2,67% na abertura de maio.

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