Líderes dos Estados Unidos e da União Européia esperam dar um grande passo na segunda-feira na direção de ampliar o comércio transatlântico, enquanto há pressões internacionais por uma rápida conclusão da Rodada de Doha de negociações comerciais mundiais, agora em seu sexto ano, disseram líderes empresariais dos EUA na sexta-feira.

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"Acho que vai ser um encontro histórico", disse Kathryn Hauser, diretora-executiva do Diálogo Empresarial Transatlântico, um grupo empresarial EUA-UE. "Faço trabalho de comércio internacional em Washington há 25 anos e nunca vi esse grau de compromisso e energia posto em uma relação comercial bilateral."

O presidente George W. Bush vai receber a chanceler alemã, Angela Merkel, cujo país agora detém a presidência rotativa da UE, e o presidente da Comissão Européia, José Manuel Barroso, para a cúpula anual, que também focará nas preocupações conjuntas de política externa, como o Irã.

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Após anos de conversas sobre a redução das barreiras regulatórias em áreas que variam de automóveis a serviços financeiros, os maiores parceiros comerciais do mundo vão estabelecer um conselho de alto nível chefiado pelo comissário de Indústria da UE, Guenter Verheugen, e por um alto funcionário dos EUA para convergirem aquele esforço.

"O que isso faz é dar nomes que serão responsáveis e que vão basicamente bater o chicote dentro das burocracias para nos ajudar a tratar dessas questões", disse Hauser.

John Bruton, embaixador da UE nos Estados Unidos, disse à Reuters Television que a iniciativa vai tornar a economia transatlântica muito mais competitiva, por meio da redução de encargos regulatórios sobre empresas e da redução de preços ao consumidor.

"Queremos fazer regulamentos semelhantes de ambos os lados do Atlântico, para que você não tenha de testar cosméticos duas vezes pela segurança, você não ter de testar produtos farmacêuticos duas vezes pela segurança, você não ter de testar carros duas vezes pela segurança", disse Bruton.

A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) estima que a redução das barreiras regulatórias iria ampliar o crescimento da econômica transatlântica em até 3 por cento.

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"Mesmo que seja só metade disso, ainda é significativo", disse Hauser.

Os Estados Unidos e a UE também vão assinar um acordo de "céus abertos" na segunda-feira, permitindo que linhas aéreas da UE voem de qualquer cidade no bloco de 27 nações para qualquer cidade nos Estados Unidos e vice-versa. Esse acordo substituirá os restritivos acordos bilaterais que datam de antes da Segunda Guerra Mundial.

"Este é um passo extraordinário para uma indústria extraordinariamente regulada", disse Jeff Clarke, executivo-chefe da Travelport, cujos bens incluem a agência de viagens oline Orbitz.

A cúpula EUA-UE ocorre em um momento em que as perspectivas para a Rodada de Doha permanecem obscuras por causa de agudas diferenças entre os parceiros comerciais sobre quanto cortar de subsídios e tarifas agrícolas.