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Entrevista

“Estamos no caminho certo”

Gazeta do Povo – Quais serão as ações da nova gestão?

Sérgio Ossamu Ioshii – Pretendemos valorizar o cooperado, aumentando sua remuneração e trazendo ele para o processo decisório. Hoje, só 10% participam das decisões, e até o fim da gestão queremos aumentar esse índice para 60%. Também queremos melhorar o atendimento para o cliente, desburocratizando o sistema de consultas por meio de investimentos em tecnologia de informação. A terceira área em que vamos atuar é a dos prestadores de serviço. Isso passa por uma revisão dos valores dos contratos – temos uma limitação financeira, mas faremos da forma mais satisfatória possível para ambas as partes. Mas passa também pela criação de uma central de relacionamento personalizado, onde cada parceiro terá um grupo de gerentes na Unimed para atender suas demandas específicas.

Todos os candidatos falaram muito sobre melhorar a remuneração dos médicos cooperados, que enfrentaram três anos de muita austeridade nos gastos da Unimed. Como fazer isso?

Pretendemos aplicar ferramentas como a medicina preventiva, reduzindo os custos no tratamento de doenças, e reduzir o custo assistencial nas empresas que são nossas clientes. Acreditamos que essas duas ações vão possibilitar um maior repasse ao cooperado.

A campanha eleitoral foi muito conturbada. Isso não comprometeu a imagem da Unimed junto aos usuários do plano de saúde?

Acho que não. No próprio dia da eleição houve muita harmonia e respeito entre os candidatos, e todos compreenderam que uma campanha de baixo nível era prejudicial a todos.

O que os 370 mil usuários do plano Unimed podem esperar para os próximos quatro anos?

Em primeiro lugar, terão a tranqüilidade de uma cooperativa hoje está muito bem, tanto no aspecto financeiro quanto no administrativo. Com nossas ações, daqui a um tempo todas as críticas em relação à burocracia dos processos serão minimizadas. Sobre o valor do plano, acredito que a Agência Nacional de Saúde vai autorizar um aumento pequeno, de 2% ou 3% em 2006, que é um ano eleitoral. É menos do que as operadoras reivindicam, mas sabemos que é um aumento que levará em conta a evolução da renda dos usuários.

O que a nova gestão pretende fazer em relação à empresa Tramontina e Vieira, que cobra na Justiça o pagamento de comissões?

Vamos tentar um acordo. É melhor do que brigar na Justiça. Mas, como acabamos de assumir a cooperativa, ainda não houve a oportunidade de conversar. (FJ)

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