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"Estão matando a liberdade de expressão", diz fundador do Partido Pirata

Rick fez uma palestra inspirada e lotou a platéia do palco principal da Campus Party | Luís Celso Jr./ Gazeta do Povo
Rick fez uma palestra inspirada e lotou a platéia do palco principal da Campus Party (Foto: Luís Celso Jr./ Gazeta do Povo)
O fundador do Partido Pirata contou como passou de um gerente de sucesso para um político e ativista |

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O fundador do Partido Pirata contou como passou de um gerente de sucesso para um político e ativista

A abolição do sistema de patentes e a reforma das leis de direito autoral foram dois dos pontos principais da palestra do ativista suéco e fundador do Partido Pirata, Rick Falkvinge, que lotou o palco central da Campus Party Recife na noite de sexta-feira (27). Durante cerca de uma hora, ele falou sobre seus ideais, sobre o partido e sua trajetória pessoal, arrancando aplausos dos campuseiros.

"Olha onde eu vim parar", foi a frase inicial de Rick apontando para o terno que estava vestindo. Ele conta que estava tomando uma cerveja com amigos e falando sobre liberdade de expressão e um tempo depois havia se tornado um político. E não só isso. Desde 2006 na ativa, começando praticamente do zero e de um sonho de Rick, o partido foi aos poucos conseguindo espaço e hoje já está em mais de 50 países e possui importantes cadeiras no parlamento europeu.

Durante sua palestra, o fundador do Partido Pirata explicou como vê prejuízo à liberdade de expressão por conta do copyright. "Estão matando a liberdade de expressão", diz. "O copyrigh é uma limitação à propriedade que eu possuo", resume, após explicar a diferença entre comprar uma cadeira e um DVD - no caso do dispositivo óptico, você não pode copiar, reproduzir ou mesmo distribuir o conteúdo.

Rick também falou de como a internet está acirrando o debate sobre a propriedade intelectual e chegou até a citar leis que procuram regular a web pelo mundo. Falou do Marco Civil no Brasil como uma proposta que está "quase boa". Citou leis estranhas, como no caso do Arizona (EUA), que tem leis contra pessoas chatas na internet, e falou como os políticos atuais querem usar o medo para regular, rastrear, monitorar e identificar tudo na internet. "Eles não entendem o que é liberdade de expressão".

Trajetória pessoal

Outro importante tópico foi a apresentação da trajetória pessoal de Rick, de um gerente bem sucedido a um político contestador. Ele contou que após abandonar o emprego em 2006 chegou a ter que pedir dinheiro para os apoiadores do partido para se sustentar. "Mas é isso que a paixão faz com a gente", justificou. Rick conta que acredita poder mudar o mundo e perguntou que tipo de "idiota" faria tudo isso. Ele mesmo responde, arrnacando palmas da plateia: "esse tipo de idiota".

O Fundador do Partido Pirata também falou sobre liderança, atitude e sobre fazer acontecer. E deixou, ao final, uma pergunta no ar: "A mudança do mundo não acontece do nada. Alguém tem que fazer acontecer. Você quer ser essa pessoa?"

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