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O Ministério da Economia lançou na última segunda-feira (1) um relatório com informações detalhadas sobre salários e benefícios concedidos a funcionários de 46 estatais de controle direto da União. De acordo com o Relatório de Benefícios das Empresas Estatais Federais (Rebef), a média salarial desses funcionários é de R$ 11.063.
O menor valor pago por uma estatal a um funcionário era de R$ 852, em 2019, pela Companhia Docas do Pará (CDP). Menos que o salário mínimo daquele ano, de R$ 998.
O maior vencimento é registrado na Petrobras: R$ 106.189, de acordo com o documento. Outras duas estatais pagam salários máximos superiores a R$ 70 mil: BNDES (R$ 75.650) e Eletrobrás (R$ 71.154).
O relatório foi organizado pela Secretaria Especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados (SEDDM) e a publicação foi idealizada e produzida pela Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest).
O documento informa quantos benefícios cada estatal oferece aos funcionários, como abonos, adicionais, ausências autorizadas, auxílios e estabilidade. Também há informações relativas às maiores, menores e médias remunerações dos empregados dessas estatais e um detalhamento dos valores desembolsados com benefícios de assistência à saúde para cada trabalhador, por mês e ano.
Privatizações e reforma administrativa no radar
No material de divulgação do novo relatório, técnicos da equipe econômica explicam que a iniciativa visa trazer mais transparência em relação às estatais e também ajudar no combate a privilégios.
Neste ano, o governo federal pretende destravar a pauta de privatizações e também fazer caminhar a reforma administrativa, ainda que a proposta apresentada em 2020 não afete os atuais servidores.
"A Sest tem a responsabilidade de promover transparência total sobre as estatais federais, fazendo chegar ao público informações importantes que promovam maior conhecimento desse universo de empresas, de maneira acessível”, explicou o secretário de Coordenação e Governança das Empresas Estatais, Amaro Gomes.
“A melhor arma que a gente pode ter para combater qualquer tipo de privilégio é a transparência”, reiterou o secretário especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados, Diogo Mac Cord.