São Paulo - A taxa de desemprego apurada pela Fundação Seade/Dieese em seis regiões metropolitanas se manteve estável em maio em 15,3%, mas o número de pessoas sem trabalho cresceu de 3,079 milhões em abril para 3,096 milhões no mês passado. As seis regiões analisadas na pesquisa foram: São Paulo, Belo Horizonte, Distrito Federal, Porto Alegre, Salvador e Recife.
Alguns sinais apontam ainda para a manutenção da taxa nos próximos meses e até uma eventual melhora no segundo semestre, quando se espera uma recuperação da atividade econômica. "A taxa média [de desemprego] seria maior que em 2008, mas não explosiva como em outros países", disse Clemente Ganz Lúcio, diretor técnico do Dieese. "Entramos mais tarde na crise, que chegou aqui no final do ano, quando países já patinavam há cerca de um ano, e aparentemente sairemos antes. O que não significa, porém, que nos recuperaremos rápido."
A indústria foi o único setor que eliminou postos de trabalho, com corte de 16 mil vagas. O segmento de serviços foi o que mais criou vagas, com acréscimo de 60 mil vagas. A construção civil apresentou incremento de 19 mil postos, o comércio exibiu um aumento de 5 mil empregos, enquanto a categoria outros setores, que engloba serviços domésticos, gerou 12 mil postos de trabalho.
Em abril, o rendimento médio real dos ocupados nas seis regiões metropolitanas subiu 0,3% ante março e atingiu R$ 1.210. O salário médio real avançou 1% e equivale a R$ 1.288. O rendimento médio real das pessoas que estão trabalhando apresentou incremento de 1,1% em abril de 2009 em relação ao mesmo mês de 2008.
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