Analistas do mercado financeiro reduziram ainda mais um pouco as projeções para o resultado da balança comercial no fechamento deste ano, conforme demonstrou o relatório Focus divulgado nesta segunda-feira, 4, pelo Banco Central.
Pelo documento, o saldo comercial será de US$ 1,90 bilhão, e não mais de US$ 1,97 bilhão conforme apontava a mediana do levantamento anterior. Um mês atrás, a perspectiva era de um superávit de US$ 2 bilhões para o comércio internacional brasileiro. Já para 2014, o mercado está demonstrou um pouco mais de humor, elevando a mediana esperada para o saldo passando de US$ 8,50 bilhões para US$ 9,25 bilhões.
Apesar da melhora, o resultado esperado pelos analistas agora é exatamente o que era visto um mês antes. A previsão mediana para o rombo da conta corrente seguiu em US$ 79 bilhões para este ano mesma vista também há um mês. Para 2014, houve redução da previsão de déficit, com a mediana saindo de US$ 73,35 bilhões para US$ 72,70 bilhões. Quatro semanas atrás, a mediana revelava um resultado negativo de US$ 77 bilhões.
Apesar da piora do quadro externo, foi mantida a projeção de que o ingresso de Investimento Estrangeiro Direto (IED) será de US$ 60 bilhões neste e no próximo ano, o que significa que o financiamento do déficit não será integral desta vez. Há 47 semanas, o mercado não muda esta projeção de IED para 2013 e há 64 semanas para o de 2014.
Já relação dívida/PIB ficou estacionada em 34,50% tanto para 2013 quanto para o final do ano que vem, segundo os analistas consultados pela Focus. Um mês antes, o mercado já aguardava esta proporção para o resultado deste ano, mas previa uma variação de 34,30% para o final de 2014.
Produção industrial
Segue descendo a ladeira a mediana das previsões do mercado financeiro para a produção industrial, segundo o relatório de mercado Focus divulgado nesta segunda-feira, 1, pelo Banco Central. A mediana das expectativas para este indicador em 2013 foi revisada para baixo, saindo de 1,80% para 1,77%. Um mês atrás estava em 1,70%. Para 2014, no entanto, houve uma elevação do patamar de 2,39% para 2,50%, mesmo nível visto um mês antes.
Apesar dos ajustes do mercado para o comportamento do setor manufatureiro, as estimativas para o Produto Interno Bruto (PIB) não se mexeram. A mediana para o indicador deste ano seguiu em 2 50% ante taxa de 2,47% de um mês atrás. Para 2014, a previsão mediana ficou parada em 2,13% - há quatro semanas estava em 2 20%.
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast