Os estivadores do Porto de Paranaguá, no Litoral do Paraná, promoveram três paralisações de duas horas cada entre esta quinta (16) e sexta-feira (17). Os trabalhadores reivindicam que seja fechado um acordo com o Sindicato dos Operadores Portuários do Estado do Paraná (Sindop) para o pagamento dos adicionais de periculosidade e insalubridade, a que tem direito desde 2009.

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Por causa das manifestações, o Sindop entrou com um pedido de dissídio coletivo de greve no Tribunal Regional do Trabalho do Paraná (TRT-PR). Nesta sexta-feira (17), houve uma audiência de conciliação.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Estivadores de Paranaguá e Pontal do Paraná (Sindestiva), Antonio Carlos Bonzato, as paralisações partiram diretamente dos trabalhadores, em uma ação alheia à diretoria do sindicato. Ele explica que, desde agosto do ano passado, está sendo negociada com o Sindop a questão do pagamento dos adicionais.

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Uma decisão de outubro de 2009 considerou que os trabalhadores têm o direito de receber adicionais por insalubridade e periculosidade. Foi determinado que os benefícios tivessem o valor de 40% sobre o salário, mas não foi acordada a forma como seriam feitos os pagamentos retroativos ou o cálculo do valor a ser restituído. Os trabalhadores também não estão recebendo o adicional.

Na conciliação, o Sindestiva informou que o sindicato patronal já havia apresentado uma carta com a proposta dos pagamentos para os trabalhadores e que as negociações iriam continuar. O Sindop se comprometeu, na audiência, a apresentar os cálculos individualizados do valor líquido da proposta até o dia 9 de março. O pagamento dos valores acordados seria feito 24 horas após a homologação da ação na Justiça do Trabalho. Uma nova audiência foi marcada para o dia 10 de maio.