A Estônia vai se tornar o 17º membro da zona do euro a partir de 1º de janeiro de 2011, conforme decidiram os ministros de Finanças da União Europeia hoje. "A Estônia está cumprindo os critérios necessários", afirmou a ministra da Espanha, Elena Salgado. A Espanha detém atualmente a presidência rotativa do bloco europeu. Membros da delegação estoniana disseram que estão felizes com a decisão e por poder se juntar à maior união monetária do mundo, que atualmente tem 330 milhões de habitantes. A decisão deverá ser confirmada na reunião de chefes de governo da União Europeia marcada para a próxima semana.
O mecanismo de taxa de câmbio europeu estipula que a situação econômica e fiscal de um país candidato a membro do bloco, assim como suas taxas de câmbio e inflação, precisam ficar estáveis durante um período de ao menos dois anos. No entanto, o ministro de Finanças da Estônia, Jurgen Ligi, reconheceu que existe o risco de a inflação do país aumentar nos próximos meses. Ligi destacou, porém, que o governo vai combater a inflação mantendo estáveis os salários do setor público e os seus próprios gastos.
Os candidatos a membro da União Europeia passam por uma série de testes econômicos, mas depois que entram no grupo há pouco a ser feito para controlar o comportamento deles. Muitos, como a Grécia, abandonaram a disciplina fiscal depois de se juntar ao grupo.
Agora a zona do euro está pagando o preço por esse comportamento com o euro se desvalorizando rapidamente diante de outras moedas fortes por causa de preocupações com os altos níveis de dívida dos governos e da perda de competitividade entre nações que têm registrado baixo crescimento na produtividade e já não têm a opção tradicional de desvalorizar suas moedas.
Mas Ligi insistiu que esse é o momento certo para a Estônia se juntar à zona do euro. "É um bom momento para um país pequeno se juntar a um clube maior", disse. As informações são da Dow Jones.