A participação dos investidores não residentes nos papéis da dívida pública brasileira atingiu novo recorde em agosto e superou pela primeira vez a marca de 10% do total, informou ontem o coordenador-geral de Operações da Dívida Pública do Tesouro Nacional, Fernando de Paiva Garrido.
Segundo o Tesouro, essa fatia subiu de 9,54% em julho para 10,06% no mês passado, o que representa um volume de R$ 150,6 bilhões. Em igual mês de 2009, a parcela de não residentes na dívida era de 6,36%.
Neste mês, a entrada de investidores estrangeiros segue a tendência de alta. Segundo Garrido, o Tesouro não tem um alvo para a participação de estrangeiros, e o Brasil ainda está abaixo de nações como o México, cuja participação de não residentes está na faixa de 15%, e de países do Leste Europeu, que em média têm participação de por volta de 20% nesse total.
Para coordenador, o perfil dos investidores limita uma possível vulnerabilidade da posição do país com a entrada maior de capital estrangeiro. "Estamos observando o aumento da participação de investidores e mudança de perfil, como fundos de investimento norte-americanos, investidores pessoa física japoneses, fundos soberanos do Oriente Médio. É um perfil mais diversificado e mais estável", afirmou Garrido.
Estoque
O estoque da dívida pública federal apresentou em agosto deste ano uma alta, em termos nominais, de 1,04% ante o mês anterior, atingindo R$ 1,618 trilhão no mês passado.
Entre as componentes do resultado, a dívida pública mobiliária federal interna passou de R$ 1,509 trilhão em julho para R$ 1,524 trilhão em agosto, uma alta de 1,03%. A dívida externa avançou 1,35% ante o mês anterior, ficando em R$ 93,5 bilhões em agosto.
Os títulos com remuneração prefixada tiveram a participação ampliada de 32,82% para 34,62% nesse período. De acordo com o Tesouro Nacional, o resultado deve-se principalmente à emissão líquida de R$ 29,57 bilhões desses papéis.
Já o total de títulos remunerados pela Selic passou de 32,27% para 32,36% em agosto e a participação dos indexados a índices de preços foi de 28,19% para 26,36% no mês passado.
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