Sede do Goldman Sachs, em Nova Iorque: desembarcando no mercado brasileiro.| Foto: Joshua Lott/Reuters

O clubinho está aceitando novos membros. Depois de anos fechado ao surgimento de novas corretoras, o mercado de capitais está recebendo novas companhias, e os estrangeiros estão de olho.

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Desde fevereiro, o norte-americano Goldman Sachs e o espanhol CM Capital Markets estão atendendo brasileiros no mercado de ações. Neste mês, foi a vez do escritório brasileiro da britânica Icap, a maior corretora do mundo. Até o fim do ano, deve chegar ao setor o também britânico Barclays.

Dentre eles, CM Capital e Icap declaram ter estratégia para crescer no ranking das corretoras que atendem o investidor pessoa física na Bolsa via home broker (o sistema de negociação de ações por meio da internet). Para a CM, atender pessoa física aqui diverge do que a instituição faz no resto do mundo. "Mostramos à matriz que o potencial desse mercado é muito grande", diz Eduardo Nonaka, diretor administrativo da companhia no Brasil.

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Os planos para entrar no Brasil vieram antes da crise, mas foram mantidos mesmo assim. Os custos para se habilitar e se qualificar junto à BM&FBovespa chegam a R$ 30 milhões – ou seja, entrar no clube fechado do mercado é bastante caro. Embora o mercado seja pulverizado, Icap e CM Capital Markets descartam estar procurando concorrentes para comprar. Mesmo que o mercado não esteja a maravilha em que se encontrava há um ano, a Icap avalia o momento como perfeito para iniciar uma operação.

E vêm mais novidades por aí. "Pelo menos outras três instituições asiáticas estão negociando para entrar no Brasil", diz Paulo Oliveira, diretor-executivo de novos negócios da BM&FBovespa.