Três grupos europeus arremataram os quatro aeroportos oferecidos pelo governo federal em leilão realizado na manhã desta quinta-feira (16) na Bolsa de Valores de São Paulo (BM&FBovespa).
Considerando todo o período de concessão dos quatro terminais, o governo vai arrecadar R$ 3,7 bilhões, ágio de cerca de 23% sobre o valor inicial esperado de R$ 3 bilhões.
O valor que entrará imediatamente no caixa da União é de R$ 1,46 bilhão, a ser pago na assinatura dos contratos de concessão.
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O aeroporto de Fortaleza foi arrematado pela alemã Fraport por R$ 425 milhões. A oferta mínima era de R$ 360 milhões.
A Fraport também levou o terminal de Porto Alegre com lance de R$ 291 milhões, ante oferta inicial mínima de R$ 31 milhões.
O terminal de Salvador ficou com a francesa Vinci por R$ 661 milhões.
Quem levou o aeroporto de Florianópolis foi a Zurich, com lance de R$ 83 milhões, contra valor inicial de R$ 53 milhões.
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Os investimentos esperados ao longo do prazo de concessão totalizam R$ 6,6 bilhões ao longo do prazo da concessão, que é de 30 anos, prorrogáveis por mais cinco, com exceção do aeroporto de Porto Alegre, em que o período é de 25 anos, extensíveis por mais cinco.
As empresas vencedoras terão que investir na ampliação dos terminais de passageiros, dos pátios de aeronaves e de estacionamentos. No aeroporto de Salvador, há exigência de construção de uma nova pista de pouso e decolagem e, no de Florianópolis, será preciso construir um novo terminal de passageiros e um estacionamento.
Os editais preveem que os novos administradores também terão que revitalizar os novos terminais, fazendo a revitalização e atualização de sinalizações e do sistema de iluminação. Também terão que oferecer internet gratuita de alta velocidade, além de fazer melhorias de banheiros e fraldários, escadas e esteiras rolantes.
Teste para Temer
Foi o primeiro teste do governo Temer para destravar o investimento privado no país e também para medir o apetite do investidores pelo Brasil, que enfrenta dois anos de recessão. A Infraero não entrou como sócia dos europeus, como aconteceu em rodadas passadas e o ágio total foi bem menor, como o próprio governo esperava.
Uma mudança importante deste leilão foi o perfil dos investidores. Os novos administradores são companhias especializadas no negócio. Dessas, apenas os suíços da Zurich Flughafen já estão presentes no Brasil, na administração do aeroporto de Confins (MG) em parceria com a CCR.
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