Em todo o país, a rede de supermercados Walmart deve fechar 30 unidades, principalmente no Sul e Nordeste, o que representa 5% do total de pontos de venda, segundo informações do jornal Valor Econômico. Há informações que entre os estados afetados estão Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul , Alagoas e Paraíba.
Para o professor da Fundação Instituto de Administração da Universidade de São Paulo (FIA-USP) e especialista em inteligência de mercado, Ramiro Gonçalvez, o fechamento das unidades acontece por causa de dois fatores: crise atual e perspectiva de se prolongar o cenário recessivo.
Ele afirma que as lojas que serão fechadas devem estar com margem de contribuição perto de zero, sobrando apenas o custo fixo para o varejista. “É uma multinacional que não vê perspectiva para o Brasil.”
Para o especialista, o cenário é de cautela para quem pensa em adquirir os imóveis fechados pela rede Walmart. Ele prevê que redes locais, como Condor e Muffato, só investirão nesses espaços se tiverem caixa para suportar margens pequenas até 2018, quando o cenário econômico deve melhorar, na avaliação do professor.
Ele avalia que o momento pode ser oportuno para grandes players internacionais que têm baixa taxa de endividamento e que conseguem trazer dinheiro de fora. “Outra empresa de capital estrangeiro, que pode se beneficiar do câmbio, e que tem poder de importação pode crescer nesse momento.”
A rede Walmart é a terceira maior do país, atrás da Companhia Brasileira de Distribuição, dona do Pão de Açúcar e do Extra, e do Carrefour. O Super Muffato e o Condor, redes paranaenses de supermercado, estão na 6ª e 7ª colocações, respectivamente. O ranking é da Associação Brasileira de Supermercados (Abras).