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Estréia do iPhone provoca fila de consumidores em lojas dos EUA

Cena da peça "A Descoberta das Américas" | Divulgação/Diego Pisanti
Cena da peça "A Descoberta das Américas" (Foto: Divulgação/Diego Pisanti)

A fabricante norte-americana Apple lança amanhã nos Estados Unidos o iPhone – primeiro telefone celular da marca, famosa pelos tocadores de música digital iPod e pelos computadores iMac. A estréia tem tudo para ser o maior acontecimento tecnológico do ano. Poucas vezes na história a indústria de eletroeletrônicos teve um produto aguardado com tamanha ansiedade – tanto pelo mercado financeiro como pelo público.

Desde o início da semana, filas com centenas de consumidores estão se formando em frente às lojas da Apple e da operadora AT&T, que terá exclusividade na comercialização do iPhone em território norte-americano. A euforia em torno do aparelho também fez com que as ações da fabricante se valorizassem 45% desde a sua apresentação, há cinco meses.

Grande parte dessa expectativa é resultado da estratégia de marketing traçada para o novo telefone móvel. O executivo-chefe da Apple, Steve Jobs, avisou que a Apple pretende vender 10 milhões de iPhones até junho de 2008. Trata-se de uma meta ambiciosa, que representa 1% do mercado global de celulares. Como o iPhone será vendido inicialmente apenas nos EUA (na Europa e no Japão, o aparelho deve chegar entre o fim deste ano e o início de 2008), analistas de mercado são céticos em relação à marca. O preço do iPhone (US$ 500 ou US$ 600, dependendo da capacidade de memória) é apontado como outro empecilho.

A consultoria IDC descobriu, em pesquisa feita na semana passada, que 60% dos compradores de celular nos EUA desejam ter um iPhone. O mesmo levantamento, entretanto, mostra que menos de 10% dos entrevistados aceita pagar mais de US$ 300 por ele. "Os consumidores ávidos por novidades tecnológicas e os fãs incondicionais da Apple vão lotar as lojas neste fim de semana", diz o diretor de pesquisas na área de serviços móveis da IDC norte-americana, Shiv Bakhshi. "Mas o preço alto e o contrato de fidelização, que obriga o usuário a permanecer dois anos na operadora, farão com que a maioria adote uma postura do tipo ‘vou esperar para ver’."

Apesar de a publicidade em torno do iPhone ser muito bem arquitetada, não se pode descartar a beleza e as funcionalidades do próprio aparelho como chamarizes. Ele é capaz de armazenar 800 ou 1,8 mil músicas (dependendo do modelo, com 4 ou 8 gigabytes), tem câmera de 2 megapixels, gerenciador de e-mails, navegador para a internet e uma série de outros programas. A grande diferença em relação aos concorrentes está na tela sensível ao toque, que é "inteligente" – ela organiza os ícones e as imagens de acordo com a posição em que o usuário segura o aparelho.

Os brasileiros não devem alimentar esperanças de ver a novidade por aqui no curto prazo. Como a Apple não mantém unidade de manufatura no país, a carga de impostos sobre seus produtos é gigantesca. O iPod, por exemplo, custa por aqui 140% a mais do que nos EUA. Pela mesma base de cálculo, o iPhone básico custaria no mínimo R$ 2,4 mil em lojas brasileiras – o que praticamente inviabilizaria sua comercialização.

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