Veja os segmentos disponíveis e que públicos podem ser atraídos aos empeendimentos do Oeste| Foto:

Metodologia

Pesquisa avaliou 15 itens

O estudo que aponta o potencial de 12 destinos turísticos do Oeste e de Foz do Iguaçu – como "destino indutor" – partiu da análise de 15 itens verificados "in loco" em 63 empreendimentos privados e 25 públicos, visitados por dois consultores do Sebrae-PR. O levantamento chegou a dois "diagnósticos", que juntos apontam os potenciais e traçam o perfil dos municípios.

O diagnóstico empresarial baseou-se em cinco quesitos: estratégias de gestão; estratégias de marketing e comercialização; nível de utilização dos recursos tecnológicos; elementos capazes de atrair o turista; e o nível de competitividade. Além desses, o diagnóstico mercadológico somou ainda a pontuação alcançada em outros dez itens: atrativos, compras, hospedagem, alimentação, acesso, sinalização, apoio ao turista, valor real, valor potencial e capacidade empresarial.

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Foz do Iguaçu - Menos da metade dos empreendimentos turísticos espalhados por Foz do Iguaçu e outros 12 municípios às margens do Lago de Itaipu, na chamada "Costa Oeste" do Paraná, têm hoje estrutura capaz de atrair turistas de outros estados. E a grande maioria deles terá de passar por uma série de melhorias para seduzir visitantes estrangeiros.

Essas são algumas das constatações de um estudo de mercado promovido pelo Sebrae-PR e pelo Fórum de Turismo Sustentável Cataratas e Caminhos, que será apresentado hoje, em Foz do Iguaçu. De acordo com o estudo, de 88 empreendimentos visitados, apenas 38 têm atratividade para o turismo nacional.

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Por meio da avaliação de restaurantes, museus, hotéis, pousadas, clubes de pesca e balneários, entre outros, o levantamento aponta potencialidades e deficiências do setor turístico da região. Além de Foz do Iguaçu – cujo potencial e capacidade de recepção são bastante consolidados, inclusive para o turismo internacional –, destacam-se Guaíra, Marechal Cândido Rondon, Santa Helena e Medianeira, municípios com potencial para o turismo nacional.

Entre os segmentos com maior atratividade da região estão os de lazer, sol e praia e de negócios e eventos. Por outro lado, o potencial dos ramos rural, o gastronômico e o pedagógico ainda está por ser desenvolvido.

Com base na característica dos municípios e dos empreendimentos, os consultores sugerem ainda cinco roteiros integrados que podem ser explorados pelas agências de viagem que comercializam os atrativos locais da fronteira. As sugestões são divididas em temas e agrupadas conforme o segmento turístico: natureza (ecoturismo, aventura e rural), águas (náutico, sol e praia e pesca), sabores (gastronômico), história e cultura (religioso e cultural) e negócios e conhecimentos (técnico-científico, pedagógico e eventos).

Ao levar em conta as principais tendências do mercado e o perfil do turista que costuma visitar a região – como a preferência por viagens de curta distância e feitas com a família nas férias ou feriados e a ascensão econômica das classes C e D –, a pesquisa identificou ainda os principais mercados consumidores. Entre os clientes em potencial estão os moradores de cidades com mais de 70 mil habitantes e localizadas, prioritariamente, num raio de 200 km e, em segundo plano, aquelas a até 600 km de distância da região.

Segundo Ana Lúcia de Sousa, consultora do Sebrae-PR em Foz do Iguaçu, esse é o primeiro estudo do país com tais características. "Ele tem como objetivo apontar o que é preciso melhorar e o que vem dando certo, e apresentar novas oportunidades de negócio." Ana Lúcia adianta que, em 2011, cada um dos empreendimentos será novamente visitado por consultores, que apresentarão sugestões de melhoria para as deficiências detectadas.

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"Quando as pessoas viajam, elas querem voltar para casa com histórias para contar e para isso procuram destinos com acesso facilitado, boa hospedagem e opções de passeio. Isso Foz do Iguaçu já tem", destaca, lembrando que o desafio que se vem buscando superar desde 2003 é estender essas qualidades aos municípios lindeiros e, assim, aumentar a permanência média do turista na região dos atuais três dias para uma semana.