O aumento dos preços do etanol, decorrente da quebra da safra de cana-de-açúcar, faz da gasolina a melhor opção para carros flex em pelo menos cinco grandes cidades do estado, segundo levantamento informal feito ontem pela Gazeta do Povo. Pela pesquisa, o preço mais baixo do etanol foi encontrado em Curitiba (R$ 1,84 por litro) e o mais alto, em um posto de Cascavel (R$ 2,10). As outras cidades pesquisadas foram Maringá, Foz do Iguaçu e Ponta Grossa.
Na capital, o preço médio do etanol, entre 28 estabelecimentos pesquisados, era de R$ 1,95 por litro. O derivado de petróleo saia, em média, por R$ 2,66. O uso do álcool é vantajoso quando o preço fica abaixo de 70% do valor da gasolina no caso de Curitiba, a proporção ficou em 73,3%. A variação de preços na cidade chegou a R$ 0,15 para o etanol (R$ 1,84 o mais barato e R$ 1,99 o mais caro) e R$ 0,45 para a gasolina (R$ 2,54 e R$ 2,99, respectivamente). Em apenas um dos 28 postos consultados o álcool era mais vantajoso.
Em comparação com uma pesquisa realizada pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) em 13 de agosto que usa metodologia diferente , o preço dos combustíveis aumentou mais de R$ 0,10 em Curitiba até ontem. Na metade do mês passado, etanol e gasolina custavam respectivamente R$ 1,84 e R$ 2,54 por litro na capital, na média, segundo a ANP.
Em Maringá, o litro de álcool mais caro encontrado pela reportagem foi de R$ 2,09, de acordo com sondagem feita com sete postos. Nos demais, o álcool era vendido entre R$ 1,98 e R$ 1,99. O álcool deixou de ser vantajoso na município há cerca de duas semanas, quando seu preço subiu em média R$ 0,10. O valor da gasolina permaneceu em torno de R$ 2,79 o litro.
Em Ponta Grossa, nos Campos Gerais, o preço do etanol tem variação igual a encontrada em Maringá de R$ 1,89 a R$ 2,09. Na cidade, o levantamento foi feito em dez postos. A variação no litro do derivado de cana é de 10,6%. Na maioria dos postos, a gasolina não passa de R$ 2,70.