As companhias do setor sucroalcooleiro ETH e Brenco assinaram um memorando de entendimentos para avaliar, em regime de exclusividade, a eventual combinação das suas operações, informaram as empresas em comunicado nesta quinta-feira (8).
As empresas teriam uma capacidade combinada de processamento de 37 milhões de toneladas de cana por ano, ficando entre as maiores do setor no Brasil.
A ETH, fundada em 2007, é o braço do conglomerado Odebrecht para o setor de bioenergia e açúcar. Chefiada por José Carlos Grubisich, ex-presidente da petroquímica Braskem, ela planejou investimento de 6 bilhões de reais no desenvolvimento de 3 pólos de produção em São Paulo, Goiás e Mato Grosso do Sul.
A trading japonesa Sojitz possui 33 por cento do capital da ETH.
A Brenco, comandada por Philippe Reichstul, ex-presidente da Petrobras, possui entre seus investidores Vinod Khosla, um dos criadores da Sun, e Steve Case, que participou do advento da AOL nos EUA.
A Brenco tem projeto de investir 5,5 bilhões de reais até 2015, para construir até 12 unidades industriais, que seriam reunidas também em três pólos de produção.
A companhia passou por um aperto de caixa durante a crise de crédito e já chegou a negociar com a Petrobras uma possível associação, como confirmou a estatal petroleira em agosto.
As duas companhias possuem projetos para também gerar energia elétrica a partir da queima do bagaço de cana-de-açúcar.
"É evidente que se entramos nessa etapa temos confiança grande no potencial da combinação dos ativos em relação à criação de valor e de empresa líder", afirmou Grubisich a jornalistas em teleconferência.
"Como as coisas vão se passar não temos como compartilhar. É uma combinação de ativos mas ainda não avançamos o suficiente para ver como isso vai se passar", acrescentou.
Reichstul, por sua vez, afirmou que com o memorando assinado com a ETH as conversas anteriores com a Petrobras ficam congeladas.
"Esperamos que possamos chegar a bom termo (com a ETH)", disse.
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