Entenda o que é o "abismo fiscal" dos EUA

O chamado "abismo fiscal" é uma combinação de aumento de impostos, fim de benefícios e cortes de despesas correntes e de defesa.

A estimativa é de que as mudanças retirem US$ 600 bilhões da economia americana, o que poderia levar o país a uma nova recessão.

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A Casa Branca e os representantes republicanos no Congresso chegaram nesta segunda-feira (31) a um princípio de acordo para evitar o chamado "abismo fiscal", segundo confirmaram fontes governamentais e legislativas.

O vice-presidente Joe Biden, que também é presidente do Senado, explicaria ainda na noite de segunda o acordo aos senadores democratas.

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Segundo as fontes democratas citadas por vários veículos da imprensa, o compromisso conta com o apoio tanto do líder da maioria democrata no Senado, Harry Reid, como do líder da minoria desse partido na Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi.

Se o princípio de acordo for respaldado pela maioria democrata no Senado, o plenário da câmara alta poderá votar o compromisso antes da meia-noite local, isto é, antes de vencer o prazo para a entrada em vigor da alta de impostos e dos cortes nos gastos públicos conhecidos como "abismo fiscal".

Por enquanto, os republicanos, que exercem a maioria na Câmara dos Representantes, não reagiram oficialmente ao anúncio.

Segundo as informações divulgadas até o momento, o pré-acordo prevê a extensão da redução de impostos aprovada durante a Presidência de George W. Bush para as famílias com rendas anuais inferiores a US$ 450 mil.

Acima desse valor, a taxa do imposto sobre a renda subiria dos 35% atuais a um máximo de 39,6%, o que representaria a primeira alta de impostos nos EUA em anos, algo a que os republicanos se opunham.A Casa Branca, no entanto, teria aceitado subir de US$ 250 mil para US$ 450 mil anuais o montante das rendes que sofreriam reajuste de impostos.

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Durante toda a campanha eleitoral, o presidente Barack Obama defendeu o aumento de impostos para todos as famílias com receitas superiores a US$ 250 mil anuais.

A princípio, o compromisso também incluiria um adiamento, por dois meses, dos cortes automáticos nos gastos públicos, que deveriam entrar em vigor a partir de quarta-feira, segundo fontes citadas pela cadeia "CNN".