Os Estados Unidos assinaram neste sábado um tratado de livre comércio com a Coréia do Sul, o maior acordo econômico concluído pelos Estados Unidos em quase 15 anos.
"É um grande dia para o comércio internacional", disse a representante comercial Susan Schwartz no momento em que assinava o acordo com o colega sul-coreano Kim Hyun-chong.
O acordo foi concretizado horas antes da autoridade de "fast track" (via rápida) do presidente George W. Bush expirar, à meia-noite de sábado.
A Autoridade de Promoção de Tratados (TPA, na sigla em inglês) de Bush permite à Casa Branca negociar acordos comerciais que não podem sofrer emendas do Congresso, embora os parlamentares possam rejeitar os mesmos.
O acordo comercial é o maior desde o Tratado de Livre Comércio da América do Norte de 1993. As duas partes concluíram as negociações no dia 1º de abril, após 10 meses de conversações.
O comércio de bens entre Coréia do Sul e Estados Unidos chegou a 78 bilhões de dólares no ano passado. Estudos indicam que o tratado resultará em recursos entre 17 e 44 bilhões de dólares anuais à economia americana.
Washington acredita que se o convênio for aprovado, pode desatar uma onda de liberalização do comércio e uma reforma econômica no Oriente, onde atualmente o país tem tratados similares apenas com Cingapura e Austrália.
O governo republicano americano também correu contra o tempo para aprovar três tratados bilaterais antes do fim do mandato TPA, com Peru, Panamá e Colômbia.
Porém, não é seguro que o Congresso dominado pelos democratas ratifique estes acordos.