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Crise financeira

EUA estudam novo plano para o setor de hipotecas

A presidente da Corporação Federal de Seguro de Depósitos (FDIC, na sigla em inglês), Sheila Bair, disse ao comitê bancário do Senado dos EUA que sua agência está trabalhando em conjunto com o Tesouro norte-americano em um novo plano para ajudar a evitar as execuções hipotecárias.

Segundo ela, as medidas de ajuda financeira recentemente aprovadas dão ao Tesouro a possibilidade de oferecer garantias de empréstimos e concessões de crédito como incentivos para que as agências hipotecárias lidem com tomadores com problemas para modificar os termos dos empréstimos.

"Especificamente, o governo pode estabelecer padrões para as modificações de empréstimos e dar garantias para os créditos que atenderem a esses padrões", disse ela. "Ao fazê-lo, empréstimos impagáveis poderão se tornar sustentáveis no longo prazo." Ela disse que está trabalhando em conjunto com o secretário do Tesouro, Henry Paulson, que, segundo Bair, está "tão preocupado como qualquer pessoa" com o aumento das execuções.

No terceiro trimestre deste ano, o número de execuções cresceu 71% em comparação com igual período do ano passado. Frente ao segundo trimestre, o aumento foi de 3%.

Bair acrescentou que as medidas recentes da FDIC para injetar liquidez no mercado financeiro e restaurar a confiança nos bancos já estão surtindo efeito e já começaram a destravar o mercado de crédito interbancário.

Bancos

O secretário-assistente do Departamento do Tesouro dos EUA Neil Kashkari disse aos senadores que levará umas poucas semanas antes de o Tesouro injetar capital para um segundo grupo de bancos sob seu novo plano para comprar participações acionárias em milhares de firmas financeiras. Serão umas "poucas semanas antes que o próximo grupo seja de fato financiado", disse Kashkari, que está encarregado de administrar o pacote de socorro de US$ 700 bilhões para o mercado financeiro.

Em depoimento a um painel do Senado dos EUA, o secretário-assistente do Tesouro acrescentou que os bancos estão agora preenchendo os formulários para o programa e os órgãos reguladores já começaram a submeter as recomendações ao Tesouro dos bancos que querem participar. Contudo, Kashkari disse que o Tesouro ainda está formalizando a revisão do processo para aqueles pedidos.

Sob o novo "programa de compra de capital" do Tesouro, o governo federal já concordou em comprar participações em nove grandes instituições financeiras. No geral, o Tesouro vai comprar até US$ 250 bilhões em ações preferenciais seniores sobre termos padronizados. O programa está disponível para milhares de qualificadas firmas financeiras de controle americano. O prazo final para aderir ao programa é 14 de novembro.

A meta é distribuir US$ 250 bilhões até o final do ano, disse Kashkari aos senadores. As informações são da Dow Jones.

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