Um juiz de Chicago, nos Estados Unidos, condenou nesta quinta-feira uma subsidiária do banco britânico HSBC, a Household International Inc., a pagar US$ 2,46 bilhões em um processo coletivo por fraude financeira, cometida no início dos anos 2000.
De acordo com os documentos judiciais, o juiz do distrito norte do leste de Illinois, Ronald Guzman, decretou que o banco devia US$ 1,48 bilhões em danos e outros 986 milhões em juros aos mais de 10 mil litigantes do processo.
"Fomos capazes de mostrar no julgamento a arrasadora evidência da fraude dos acusados e demonstrar como os investidores sofreram como resultado", afirmou Mike Dowd, advogado principal da acusação, em declarações ao "Wall Street Journal".
Trata-se do maior processo coletivo nos EUA levado a julgamento, pois, na maioria das vezes, esse tipo de litígio é encerrado com um acordo entre as partes, antes de ser submetido à decisão do juiz.
A acusação afirmou que o diretor executivo, o chefe financeiro e o responsável dos empréstimos ao consumidor da Household International inflaram artificialmente as receitas da empresa para aumentar seu valor e enganaram os clientes sobre a qualidade de seus investimentos.
O banco britânico HSBC comprou a Household International em 2002, quando a companhia era a segunda maior em volume de empréstimos de alto risco para os credores.
A fraude ocorreu no princípio dos anos 2000 e, desde então, o processo estava em andamento.
Um porta-voz do HSBC afirmou que o banco londrino deverá recorrer da sentença.
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