As exportações brasileiras de cachaça para o mercado norte-americano no primeiro semestre deste ano cresceram 45,5% em volume (para 273 mil litros) e 12,6% em valor (para US$ 1,022 milhão). No total, entretanto, as exportações de cachaça recuaram 23% em volume (para 5,3 milhões de litros) e 18,6% em valor (para US$ 8,8 milhões). Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio.
O reconhecimento pelo governo norte-americano da cachaça como produto genuinamente brasileiro ocorreu em abril deste ano, durante visita da presidente Dilma Rousseff aos Estados Unidos. O presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Cachaça (fórum consultivo ligado ao Ministério da Agricultura), Vicente Bastos Ribeiro, acredita que o aumento das vendas já é um indicativo do potencial de crescimento do mercado norte-americano.
Segundo Bastos, da produção brasileira de 1,2 bilhão de litros de cachaça, pouco menos de 1% é exportado. No ano passado, cerca de 90 empresas exportaram um total 9,80 milhões de litros, gerando uma receita de US$ 17,3 milhões. Ele observa que o produto é exportado para mais de 60 países. Os principais importadores são Alemanha, Estados Unidos, Portugal e França. O dirigente diz que o reconhecimento do governo americano "é importante para evitar que a cachaça se torne mais uma bebida destilada genérica, como a vodca".
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