Os Estados Unidos indicaram a fabricante brasileira de aeronaves Embraer para abertura de uma nova licitação, após a recente anulação de um contrato por 20 aviões de ataque Super Tucano, informou nesta sexta-feira (23) o ministro de Indústria e Comércio brasileiro, Fernando Pimentel.

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"Os Estados Unidos disseram à Embraer que haverá outro processo, que haverá outra licitação", afirmou Pimentel durante coletiva de imprensa com corresponsáveis estrangeiros.

"Eles não avisaram oficialmente, mas informalmente: 'aguardem que vamos fazer outra licitação', e nós estamos esperando outra licitação", afirmou. "Eles precisam comprar aviões, algum avião. Se não for o nosso, será algum outro", completou.

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A força aérea americana anunciou abruptamente ao final de fevereiro o cancelamento de um contrato para a compra de 20 aviões Super Tucano, da Embraer, depois de uma ação legal de seu rival local Hawker Beechcraft Corp.

"O governo brasileiro já manifestou sua surpresa com a decisão da força aérea (norte) americana na época. Não vamos mais além disso", disse Pimentel, ao ser questionado sobre se essa decisão, adotada um mês antes da viagem da presidente Dilma Rousseff a Washington.

"O problema de Embraer é um problema pontual: era um contrato de 380 milhões de dólares que foi cancelado e será feita outra licitação", resumiu Pimentel, ao indicar que seguramente Dilma não discutirá esse tema em sua reunião com Barack Obama na Casa Branca, no dia 9 de abril.

O contrato havia sido concedido em dezembro para equipar a nova força aérea afegã diante da retirada das tropas da Otan.

A anulação do contrato com a Embraer "será levada em conta na decisão brasileira para a compra de 36 aviões caças, por um total de 5 bilhões de dólares, na qual competem o caça Rafale da francesa Dassault, o F-18 da americana Boeing, e o Gripen da sueca Saab, disse no início de março à AFP uma fonte do governo, que pediu anonimato.

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