Autoridades e empresários dos Estados Unidos destacaram nesta sexta a necessidade de encorajar países como China, Índia e Brasil a aumentarem seus investimentos em território norte-americano, como uma forma de impulsionar a criação de empregos.
"Em 2009, os Estados Unidos atraíram 12% do investimento global total, de 25% uma década antes", afirmou a secretária de Comércio em exercício, Rebecca Blank, em uma reunião com o Conselho de Empregos e Competitividade, criado pelo presidente Barack Obama. "Isso aconteceu apesar de nós termos o maior mercado consumidor do mundo, uma força de trabalho altamente qualificada, proteções rígidas de propriedade intelectual e mercados de capitais fluidos". Segundo ela, os Estados Unidos têm um total de US$ 2,3 trilhões em investimento estrangeiro direto.
Antonio Perez, chairman e executivo-chefe da Eastman Kodak, também criticou o que chamou de uma "problemática" tendência de queda na participação dos EUA nos investimentos globais. "Mais problemático do que isso é o fato que, dos 12%, somente 2,5 pontos porcentuais veem de Brasil, Índia e China", comentou, acrescentando que isso não é bom para o futuro do país.
Executivos de empresas como a alemã Daimler Trucks e a francesa Air Liquide disseram que os EUA produzem excelentes engenheiros, mas precisam melhorar a qualificação profissional da sua força de trabalho. Eles também reclamaram dos altos custos para a obtenção de vistos de trabalho para executivos estrangeiros, da deterioração na infraestrutura e do aumento nos gastos com planos de saúde. As informações são da Dow Jones.
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