Os Estados Unidos estão avaliando a possibilidade de cancelar antigas preferências comerciais que concedem a Brasil, Índia e 11 outros países em desenvolvimento "avançados", informaram funcionários do setor de comércio do governo americano nesta segunda-feira.
O governo brasileiro criticou qualquer movimento dos EUA em comércio que seja unilateral, informando que os perdedores seriam empresas que atuam nos dois países.
A decisão dos EUA segue o colapso das negociações para a Rodada de Doha na Organização Mundial do Comércio, que para muitos membros do Congresso dos EUA ocorreu pela relutância de grandes países em desenvolvimento, como Brasil e Índia, em ampliar o acesso a seus mercados.
Os Estados Unidos importaram produtos avaliados em US$ 26,7 bilhões em 2005 de 133 países em desenvolvimento no âmbito do chamado Sistema Geral de Preferências, mantido pelo governo americano.
O programa, criado há 32 anos e que é renovado periodicamente, concede reduções de tarifas de importação sobre produtos vindos de países em desenvolvimento.
A administração Bush vai avaliar se "limita, suspende ou cancela" a elegibilidade de 13 países que ou embarcaram mais de US$ 100 milhões em produtos para os EUA sob o programa em 2005 ou representaram mais de 0,25% das exportações mundiais, informou o USTR (Escritório de Representação Comercial dos EUA).
Os países que podem ser alvos, além de Brasil e Índia, são Argentina, Croácia, Indonésia, Cazaquistão, Filipinas, Romênia, Rússia, África do Sul, Tailândia, Turquia e Venezuela, informou o USTR.
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