Os números do emprego nos EUA em junho superaram as expectativas, não só reforçando a tese de que a economia americana estaria se recuperando como alimentando especulações de uma antecipação de alta dos juros pelo Banco Central americano. O bom desempenho do país contrasta com a situação da Europa, que enfrenta crescimento baixo, taxa de desemprego persistentemente alta e o risco de deflação.
Nos EUA, a taxa de desemprego caiu de 6,3%, em maio, para 6,1% menor porcentual desde setembro de 2008, antes do pico da crise. No mês, foram criados 288 mil novos postos de trabalho, ante 224 mil em maio. A projeção para junho era de 215 mil. De fevereiro a junho, os EUA criaram, em média, 248 mil postos, a melhor sequência de cinco meses desde 2006, antes de a crise abater a maior economia global.
O Federal Reserve (banco central dos EUA) tem defendido que o aumento dos juros dependeria não só do índice de desemprego, mas também do comportamento dos salários e da taxa de participação na força de trabalho que ficaram praticamente estáveis em junho.
O Fed praticamente zerou os juros em dezembro de 2008, contra a crise financeira e a recessão. A maioria dos economistas não espera que o banco central eleve as taxas de juros antes da metade de 2015, mas com o mercado de trabalho se estreitando, o cenário pode mudar. "Estamos fazendo progressos", comemorou o presidente Barack Obama.