“Nós estamos fazendo progresso”, disse ontem o presidente Barack Obama| Foto: Martin H. Simon/EFE

Efeito

Resultado norte-americano levou otimismo para as bolsas

O bom desempenho da economia americana e a expectativa de estímulo na economia europeia levaram a um dia de alta nas bolsas globais. No Brasil, o Ibovespa, principal índice da Bolsa, subiu 1,59%, à frente de Turquia (0,91%) e México (0,88%).

O dólar à vista, referência no mercado financeiro, recuou 0,12%, cotado em R$ 2,21. Já o comercial, usado no comércio exterior, caiu 0,53%. Das 24 principais moedas emergentes, 15 subiram frente ao dólar, puxadas pelo peso colombiano (+0,94%).

A recuperação da economia dos EUA, dessa vez, teve uma leitura positiva para os emergentes, pois não se traduziu em alta das taxas de juros dos títulos de 10 anos. Termômetro de atratividade dos EUA na disputa por recursos globais, a taxa havia subido na quarta-feira. Ontem, ficou estável, em 2,63% ao ano.

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Os números do emprego nos EUA em junho superaram as expectativas, não só reforçando a tese de que a economia americana estaria se recuperando como alimentando especulações de uma antecipação de alta dos juros pelo Banco Central americano. O bom desempenho do país contrasta com a situação da Europa, que enfrenta crescimento baixo, taxa de desemprego persistentemente alta e o risco de deflação.

Nos EUA, a taxa de desemprego caiu de 6,3%, em maio, para 6,1% – menor porcentual desde setembro de 2008, antes do pico da crise. No mês, foram criados 288 mil novos postos de trabalho, ante 224 mil em maio. A projeção para junho era de 215 mil. De fevereiro a junho, os EUA criaram, em média, 248 mil postos, a melhor sequência de cinco meses desde 2006, antes de a crise abater a maior economia global.

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O Federal Reserve (banco central dos EUA) tem defendido que o aumento dos juros dependeria não só do índice de desemprego, mas também do comportamento dos salários e da taxa de participação na força de trabalho – que ficaram praticamente estáveis em junho.

O Fed praticamente zerou os juros em dezembro de 2008, contra a crise financeira e a recessão. A maioria dos economistas não espera que o banco central eleve as taxas de juros antes da metade de 2015, mas com o mercado de trabalho se estreitando, o cenário pode mudar. "Estamos fazendo progressos", comemorou o presidente Barack Obama.