Os Estados Unidos se encontram nesta segunda-feira, se o Congresso não impedir, a algumas horas de declarar paralisação parcial da administração federal, o que poderia custar mais de US$ 1 bilhão aos cofres públicos, segundo a Casa Branca.
À meia-noite de hoje termina o ano fiscal e se esgotam os fundos para as atividades não essenciais do governo, enquanto republicanos e democratas estão longe de chegar a um acordo no Congresso para evitar a primeira paralisação federal desde janeiro de 1996.
A Câmara dos Representantes, de maioria republicana, aprovou no domingo um projeto orçamentário que prorroga os fundos para a administração até 15 de dezembro, mas ao mesmo tempo exige um atraso na implementação da reforma da saúde, exigência que a Casa Branca e os democratas consideram inaceitável.
O Senado se reunirá hoje a partir das 15h (de Brasília) e o líder da maioria democrata na casa, Harry Reid, já antecipou que não permitirá um apoio à proposta aprovada no domingo.
O que se espera para hoje é que o Senado aprove uma proposta da Câmara baixa que garantiria o pagamento dos militares caso algumas atividades se paralisem temporariamente.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, foi muito claro nos últimos dias e frisou que não permitirá que os republicanos usem a reforma da saúde, uma das maiores conquistas de seu mandato, como chantagem para autorizar a liberação dos fundos que a administração precisa para seguir funcionando.
Obama terá nesta tarde uma reunião com os membros de seu gabinete na Casa Branca para analisar os últimos eventos do debate orçamentário e que medidas tomar perante a possível paralisia de algumas atividades do governo.
Segundo uma pesquisa da emissora "CNN" divulgada hoje, 46% dos americanos culparia os republicanos do Congresso se ocorrer o fechamento do governo, enquanto 36% consideraria Obama o responsável e 13% os dois lados.
Além disso, seis de cada 10 entrevistados acham que uma paralisação das atividades da administração prejudicará o país.
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