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EUA têm pior resultado em 63 anos

Em meio à crise, o PIB dos EUA teve, no ano passado, o maior recuo desde 1946 |
Em meio à crise, o PIB dos EUA teve, no ano passado, o maior recuo desde 1946 (Foto: )

A economia americana cresceu a uma taxa anualizada de 5,7% no quarto trimestre. O resultado superou as expectativas dos analistas, que previam, em média, uma expansão de 4,8% e representou a maior taxa de crescimento em seis anos. Por outro lado, os resultados divulgados pelo Departamento de Comércio dos Estados Unidos mostram que em 2009 a economia americana encolheu 2,4%, o pior desempenho desde 1946.O fator principal para o resultado no período de outubro a dezembro do ano passado foi um corte menor dos estoques, que estão em queda há sete trimestres. Com isso, analistas avaliam que o pior já passou, mas esperam um crescimento mais suave nos próximos trimestres.

Após a explosão da crise econômica, em setembro de 2008, o país só voltou a apresentar taxas positivas no terceiro trimestre do ano passado, quando a economia cresceu 2,2%. De modo geral, a receita do resultado negativo da economia americana em 2009 foi baseada em menores investimentos, exportações em baixa e fortes quedas nos estoques.

O governo comemorou os resultados do quarto trimestre, mas reforçou o papel da geração de empregos como item número um da agenda econômica. Crhristina Romer, que preside o conselho de economistas da Casa Branca, classificou os resultados como uma notícia encorajadora. "Enquanto o resultado positivo do PIB é um primeiro passo necessário para a criação de empregos, nosso foco deve ser colocar os americanos de volta ao mercado de trabalho", disse.

Obama

Já o presidente Barack Obama, que viu sua popularidade cair com o avanço da taxa de desemprego, aproveitou para detalhar medidas de apoio à criação de vagas.

Segundo avaliação do Fed (o BC dos EUA) divulgada nesta semana, o desemprego em alta, na faixa de 10%, ainda limita uma recuperação mais sólida do consumo – que representa cerca de dois terços da economia do país. Na passagem do terceiro para o quarto trimestre, a dúvida era se o consumidor teria fôlego para gastar após o encerramento de programas de auxílio do governo, como o que incentivava a compra de carros mais eficientes. De outubro a dezembro, o consumo cresceu 2%, ante 2,8% no terceiro trimestre.

Os gastos do governo aumentaram 0,1% no quarto trimestre, após uma alta de 8% de julho a setembro. Os gastos dos governos estaduais e locais caíram 0,3%. Os investimentos em compras de equipamentos e softwares tiveram efeito positivo sobre o resultado, com uma alta de 2,9%. "A recuperação do investimento é seguramente um sinal positivo para os próximos trimestres", diz Greg Thomas, da PNC Financial Service.

"Um crescimento sustentável depende de emprego. Para ter um avanço superior a 2% em gastos dos consumidores, será necessária uma recuperação sólida do mercado de trabalho. O que se viu no último trimestre foi um fator transitório: firmas que cortaram fortemente os estoques reduziram o ritmo ou pararam de fazer isso", disse Cary Leahey, da Decison Economics. Em crises anteriores, a recuperação da economia foi focada em consumo e mercado imobiliário.

Confiança em alta

Mesmo com o mercado de trabalho fraco, o consumidor está mais confiante. Pesquisa divulgada ontem mostra que o sentimento do consumidor atingiu o maior patamar desde janeiro de 2008 e ficou em 74,4 pontos. Segundo relatório da Universidade de Michigan, responsável pelo indicador, os consumidores estão convencidos de que o pior da crise já passou, mas apesar de tudo esperam estagnação na renda e no emprego.

US$ 33 bilhões

O presidente dos EUA, Barack Obama, detalhou ontem uma proposta de créditos de impostos no valor de US$ 33 bilhões para estimular a criação de postos de trabalho. A proposta prevê que a cada funcionário contratado a empresa tenha direito a um crédito de impostos de US$ 5 mil. O montante por empresa foi limitado a US$ 500 mil para assegurar que a medida seja focada em pequenas empresas.

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