A expansão da economia dos Estados Unidos deve se acelerar neste ano, à medida que os consumidores e as empresas gastarem mais e os incentivos do governo prosseguirem, indica uma pesquisa da Associação Nacional para Economia Empresarial (Nabe, na sigla em inglês). A pesquisa também mostra que, entre os principais obstáculos ao crescimento, estão o alto nível de déficit e dívida do governo, os altos preços das commodities (matérias-primas) e o desemprego.
Os 47 economistas ouvidos pela Nabe entre 25 de janeiro e 9 de fevereiro preveem que o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA vai ter crescimento anualizado de 3,6% no último trimestre de 2011. Na pesquisa da Nabe realizada em novembro os economistas calculavam uma expansão de 3,0%. Em 2010, o PIB dos EUA cresceu 2,8%.
"Entre os fatores de suporte ao crescimento no futuro estão a demanda dos consumidores e das empresas, a forte expansão em outras economias, especialmente na Ásia, e a política monetária acomodatícia", disse Richard Wobbekind, presidente da Nabe.
Segundo a pesquisa, o gasto dos consumidores vai subir nos próximos dois anos, com aumento de 3,2% neste ano. O mercado de trabalho norte-americano vai continuar melhorando em um ritmo moderado, com aumento no número de vagas de empregos. A taxa de desemprego deve cair para cerca de 9,0% até o fim do ano e para 8,2% no fim de 2012.
Os cortes fiscais e a ampliação dos benefícios aos desempregados vai contribuir com 0,5 ponto porcentual para o crescimento da economia norte-americana neste ano, diz a pesquisa. E o Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) deverá manter as taxas de juros de curto prazo perto de zero até o fim deste ano, o que será benéfico para a economia.
Os pesquisados destacaram a alta dos preços das commodities como um dos fatores que podem conter o crescimento dos EUA. A Nabe realizou a pesquisa quando os protestos no Oriente Médio começavam, o que resultou em elevação nos preços do petróleo. Mas a pesquisa foi concluída antes que as tensões se ampliassem, especialmente na Líbia, fazendo o petróleo tipo brent superar US$ 110 por barril. As informações são da Dow Jones.