O governo federal dos EUA concordou em tomar uma medida sem precedentes para estabilizar o Citigroup, dando garantias de cerca de US$ 300 bilhões para os ativos do portfólio do banco que estiverem em dificuldades, de acordo com pessoas familiarizadas com os detalhes do plano.

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O Tesouro americano concordou em injetar adicionais US$ 20 bilhões em recursos no Citibank, segundo os termos do acordo costurado entre o banco, o Departamento do Tesouro, o banco central americano (Fed) e a Federal Deposit Insurance Corporation (Fdic), a agência federal de garantia de depósitos bancários.

O Tesouro vai cobrar taxa mais elevada de juros pelo capital – 8% nos primeiros anos – do que impôs a dúzias de outros bancos que têm tomado empréstimos do governo dentro do pacote de auxílio de US$ 700 bilhões aprovado pelo Congresso no mês passado.

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Além dos recursos, o Citigroup contará com um arranjo extremamente incomum, no qual o governo aceita lastrear cerca de US$ 300 bilhões de seus ativos, incluídos letras hipotecárias, entre outros itens.

O Citi deverá arcar com os primeiros US$ 37 bilhões a US$ 40 bilhões em perda com esses ativos. Se as perdas se estenderem acima deste patamar, o Tesouro vai assumir perdas de até mais US$ 5 bilhões. A partir daí , entra a Fdic, que bancará, se for o caso, perdas de até mais US$ 10 bilhões. Acima deste patamar, qualquer nova perda será honrada pelo Fed.

O Citigroup também concordaria em trabalhar para modificar – se possível – hipotecas problemáticas, num total de US$ 300 bilhões a partir de critérios estabelecidos pela Fdic, após a falência do IndyMac Bank.

Não há expectativa de o governo norte-americano exigir qualquer mudança gerencial no Citi – a possibilidade era vista como potencialmente desestabilizadora.

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