O Eurogrupo, que reúne ministros de Economia e Finanças da zona do euro, acertou nesta quinta-feira (16) o desembolso urgente de 7 bilhões de euros para que a Grécia honre suas obrigações financeiras iminentes. O objetivo é que o desembolso seja executado no máximo na segunda-feira (20).
A informação foi repassada à agência internacional EFE por fontes diplomáticas. Com o dinheiro, a Grécia poderá honrar pagamentos como o de 3,5 bilhões de euros que deve devolver ao BCE (Banco Central Europeu) em 20 de julho.
O fundo ficará a cargo do Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira (MEEF), que é da União Europeia, e não da zona do euro.
Para resolver a oposição de Reino Unido, Suécia e Dinamarca ao uso de fundos do orçamento europeu para a Grécia, a zona do euro decidiu alimentar o fundo com os lucros gerados pelas operações com bônus gregos nas mãos do BCE – em torno de cerca de 3,3 bilhões de euros deste ano e do anterior – como garantia.
Assim, no caso de Atenas não devolver parte do dinheiro emprestado, as perdas seriam assumidas somente pela zona do euro, e não pela União Europeia, segundo as fontes diplomáticas consultadas.
A decisão tem que receber agora o sinal verde dos 28 países do bloco, o que se espera que aconteça de maneira iminente, de modo que os Parlamentos nacionais que têm que ser consultados também possam realizar os trâmites necessários antes do sábado.
O Eurogrupo também constatou que as medidas aprovadas pelo Parlamento grego e o compromisso de adotar uma nova bateria de ações na semana passada servem para começar as negociações do terceiro resgate ao país, que deve ser de 82 bilhões a 86 bilhões.
Por isso, deram seu “aval político” ao início das conversas, uma decisão que também tem que ser consultada com Parlamentos nacionais como o alemão.
Os primeiros passos para que as negociações continuem já foram dados, com a aprovação pelos Parlamentos grego, francês e finlandês do acordo inicial sobre o empréstimo.