Novas regras para o Fundo de Estabilidade Financeira Europeia (EFSF, na sigla em inglês), o fundo de resgate da União Europeia, podem permitir intervenções nos mercados primário e secundário de bônus e fazer com que o fundo ofereça proteção parcial aos investidores, relatou ontem a agência de notícias Reuters, citando "o documento preparado para a reunião de ministros de finanças da zona do euro", que ocorrerá amanhã.
As regras que devem ser discutidas pelos ministros também envolvem manter uma reserva de 10 bilhões de euros no fundo "para oferecer ao EFSF a flexibilidade necessária para conduzir as novas necessidades de financiamento por meio da emissão de instrumentos de curto prazo", diz a reportagem.
De acordo com a Reuters, o documento também afirma que as novas normas ofereceriam proteção parcial de 20% a 30% do principal do título àqueles que compram bônus de um país da área. O EFSF poderia iniciar leilões mensais e regulares de letras, segundo a Reuters. As regras também discutem eventual permissão ao EFSF para estender linhas de crédito de precaução para os governos. Segundo a agência, autoridades alertaram que, mesmo com as novas regras, o fundo não deve estar totalmente operacional até janeiro.
Itália
A edição de ontem do jornal italiano La Stampa informou que o Fundo Monetário Internacional (FMI) estaria oferecendo à Itália um suporte financeiro de 400 bilhões a 600 bilhões de euros, a fim de dar ao novo governo de Mario Monti entre 12 e 18 meses para aprovar reformas suficientes para restaurar a confiança do mercado na capacidade do país de pagar a sua dívida. O "pacote Itália" do FMI consistiria de empréstimos a uma taxa de juros de 4% a 5%, abaixo dos 7% a 8% que o país pagou na maioria nos recentes leilões de bônus, de acordo com o diário.
O Wall Street Journal, por sua vez, informou que o primeiro-ministro da Itália, Mario Monti, vai propor novas medidas de austeridade para o país na semana que vem, envolvendo bilhões de euros. O objetivo de Monti é reforçar a promessa da Itália de equilibrar seu orçamento até 2013. O premiê quer conduzir uma revisão abrangente do mercado de trabalho italiano, considerado por muitos restritivo, e do sistema de pensões do país, tido como caro demais.
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