Os ministros das Finanças da zona do euro estão prontos para oficializar um aumento da barreira de proteção financeira da região nesta semana, com preocupações sobre a posição fiscal da Espanha expulsando qualquer excesso de confiança de que a crise da dívida do bloco seja coisa do passado. Finlândia e Alemanha estavam inicialmente relutantes em endossar um aumento nos recursos da barreira de proteção, mas ambos indicaram agora que estão preparados para apoiar o movimento quando os ministros das Finanças do bloco se reunirem em Copenhague na sexta-feira (30) e no sábado (1º). A chanceler alemã, Angela Merkel, em discurso em Berlim nesta segunda-feira (26), deu sua aprovação velada, dizendo que poderia imaginar o fundo temporário de crise na zona do euro correndo em paralelo com um fundo permanente, para criar um mecanismo de crédito maior. O primeiro-ministro da Finlândia, Jyrki Katainen, já havia feito o mesmo no sábado (24). "Estamos prontos para encontrar um compromisso", disse Katainen à Reuters, à margem de uma reunião de líderes políticos, financeiros e de comércio em um resort na Lapônia finlandesa.
A Comissão Europeia, órgão executivo do bloco, preparou três opções para reforçar a barreira de proteção, todas elas dependendo da combinação entre os 440 bilhões de euros do fundo temporário e os 500 bilhões de euros do Mecanismo Europeu de Estabilidade (ESM, na sigla em inglês), que entra em vigor a partir de julho. Autoridades indicaram que o resultado mais provável é o endosso de uma opção que essencialmente tome o que for deixado no fundo temporário depois da ajuda a Portugal, Irlanda e Grécia com o ESM, para criar um "superfundo" de cerca de 740 bilhões de euros. "Isso vai levar vários anos, e depois o mecanismo de estabilidade vai ficar sozinho com 500 bilhões", disse Merkel. O Fundo Monetário Internacional (FMI) vai se reunir em Washington de 20 a 22 de abril e a expectativa é de que concorde em aumentar seus próprios recursos anticrise na medida em que a Europa tenha tomado ações significativas primeiro. No relatório de opções obtido pela Reuters, a Comissão Europeia indicou que a criação de um fundo de 740 bilhões de euros daria "a credibilidade necessária para desbloquear um aumento nos recursos do FMI", embora isso dependa do próprio FMI.
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