A euforia que tomou conta da Bovespa no início da tarde de ontem levou o índice de volta para os 56 mil pontos, patamar que não atingia desde o dia 5 deste mês. Além disso, a Bolsa conseguiu zerar as perdas na semana e no mês, mas ainda tem leve queda no ano.
O ânimo generalizado veio logo após informações de que o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, teria proposto a retomada das compras de títulos da dívida da Espanha e da Itália, um novo corte de juros e uma operação de refinanciamento de longo prazo (LTRO, na sigla em inglês). Para se ter uma ideia do tamanho da euforia, em cerca de 30 minutos a Bovespa subiu mais de mil pontos.
Com isso, o Ibovespa encerrou com valorização de 4,72% aos 56 553,12 pontos maior pontuação desde 20 de junho (57.166,55 pontos). Na semana, o ganho acumulado é de 4,35% e, no mês, de 4,05%. Já no ano, o índice ainda apura pequena queda de 0,35%. Na mínima, o índice atingiu 54.024 pontos (+0,04) e, na máxima 57.046 pontos (+5,64%). O giro financeiro somou R$ 9,089 bilhões - o maior volume desde 15 de junho (9,680 bilhões), tirando eventos excepcionais, como o vencimento de opções sobre ações.
Das 68 empresas que compõem o Ibovespa, apenas duas (Natura e Redecard) fecharam em queda. Entre as blue chips, Petrobras e Vale também seguiram seus pares no exterior. O papel ON da petroleira avançou 5,32% e o PN 4,72%. Na Nymex, o contrato de petróleo com vencimento em setembro terminou com ganho de 0,83% a US$ 90,13 o barril. Já Vale ON avançou 4,05% e a PNA, 3,98%.
O destaque de alta do índice foi OGX ON (+12,74%), seguida de Usiminas PNA (+11,06%), Usiminas ON (+10,36%) e Gafisa ON (+10,30%).
O bom humor foi verificado desde cedo, ainda sob os efeitos da véspera. Também contribuiu o resultado do PIB dos EUA no primeiro trimestre. A economia norte-americana teve crescimento anual de 1,5% no segundo trimestre, acima do esperado, mas analistas disseram que o mais importante é que a expansão foi gerada pela alta de 0,32 ponto porcentual dos estoques. Os gastos do consumidor desaceleraram e o gastos do governo diminuíram. O dólar comercial terminou o dia praticamente estável, cotado a R$ 2,023.
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