Paris - A Comissão Européia divulgou na semana passada que está investigando a segurança dos iPhone e iPods, da Apple, depois de relatos de explosões em aparelhos do gênero. Segundo Helen Kearns, porta-voz do grupo de proteção ao consumidor da agência, afirmou que a Apple tem cooperado com as investigações, que tratam de dois casos envolvendo iPhones, na França, e de um com um iPod, no Reino Unido. "Até o momento a empresa tem afirmado que vê esses eventos como incidentes isolados, sem evidências de um problema mais geral", disse Helen.
A Apple não respondeu imediatamente aos contatos do New York Times em busca de comentários sobre o assunto. Um representante da empresa disse à agência de notícias Reuters que a Apple "está informada desses relatos e está esperando receber os aparelhos dos clientes. Até que tenha detalhes completos, a empresa não tem nada a acrescentar".
Em um dos casos, um adolescente de Aix-en-Provence, na França, teria ficado com ferimentos leves quando seu Phone superaqueceu e despedaçou-se, lançando pequenos destroços em direção aos seus olhos. Noutro caso, um iPod Touch também superaqueceu e saltou no ar.
Helen Kearns disse que, em resposta a esses relatos, a agência de proteção ao consumidor, em Bruxelas, emitiu um alerta e notificou aos 27 membros da União Europeia, pedindo aos reguladores locais informações sobre incidentes semelhantes. Até agora, segundo ela, nenhum problema foi detectado. "Levamos a sério todas as denúncias de problemas de segurança com produtos", diz. "Mas não queremos criar pânico desnecessariamente."
Os incidentes na Europa não são os primeiros que a Apple e outros fabricantes enfrentam com dispositivos portáteis. No ano passado, a Apple ofereceu-se para sunstituir baterias de alguns iPods Nano no Japão, depois que o governo advertiu consumidores de que eles poderiam pegar fogo. Há três anos, vários fabricantes de computadores fizeram recall de laptops que usam baterias Sony. A causa: relatos de fogo e explosões.