Bruxelas - A União Européia restabeleceu sua liderança sobre os Estados Unidos no uso de conexões de alta velocidade, fazendo do velho continente "o líder mundial da internet banda larga", conforme apontou relatório oficial do grupo, divulgado na semana passada.
Viviane Reding, a comissária responsável pelo monitoramento da internet, acredita que a capilaridade da tecnologia poderá ajudar na recuperação econômica da Europa. Dar continuidade ao desenvolvimento da internet de alta velocidade, diz ela, poderá criar 2 milhões de emprego no continente até 2015. Entretanto, a comissária também alertou para alguns obstáculos, que precisam ser vencidos a fim de maximizar os benefícios econômicos das redes digitais.
De acordo com ela, os países membros da UE devem facilitar a entrada de novatos no mercado das telecomunicações. "Os governos devem mostrar liderança através da adoção de políticas coordenadas que eliminem as barreiras a novos serviços", disse Viviane. Apesar da Europa se encontrar na liderança, ela observa que um terço dos cidadãos da UE nunca usou a internet e apenas 7% deles comprou mercadorias ou contratou serviços online de um fornecedor localizado em algum país vizinho.
Viviane também reconhece que muitos usuários jovens da internet não gostaram da idéia de pagar para baixar ou visualizar conteúdo como filmes ou músicas fator que pode diminuir prejudicar os ganhos econômicos obtidos através de um maior acesso à internet.
A liderança da Europa sobre os EUA chegou a ser de apenas 1 ponto percentual após 2004, ano em que países mais pobres do Leste Europeu se juntaram ao bloco, conforme apontam dados da Comissão Europeia. A UE conseguiu aumentar a liderança em mais 3 pontos percentuais sobre os EUA, com 23% dos lares ou estabelecimentos comerciais usam internet banda larga junto com seus telefones fixos, comparado com o índice de 20% nos EUA.
O destaque no continente vai para a Dinamarca, que possui 37% dos seus lares ou estabelecimentos comerciais equipados com internet de alta velocidade. É o maior índice do mundo, seguido pelos de Holanda, Suécia, Finlândia e Luxemburgo, de acordo com os dados da Comissão Europeia. Os EUA ficaram em 17.