Países da zona do euro precisam tomar atitudes decisivas para assegurar a investidores sua capacidade de pagar as dívidas, e dissipar a incerteza criada pela maneira como os governos trataram as preocupações com o bloco. A declaração foi dada neste domingo (25), por Lorenzo Bini Smaghi, membro do conselho executivo do Banco Central Europeu (BCE).
"Políticos acham que sabem melhor...Mas no processo de tomada de decisão eles não entenderam como o mercado funciona", disse Bini Smaghi durante conferência em Washington, em um ataque aos governos da zona do euro. "Eles criaram um mecanismo que o resto do mundo não entende. Isso levou os mercados a acharem que os países estão mais propensos a declarar default", completou ele.
As declarações de Bini Smaghi refletem o ponto de vista crítico do BCE a um acordo fechado entre a França e a Alemanha no ano passado para envolver credores de bônus privados em potenciais perdas devido a dívidas públicas insustentáveis. Governos da zona do euro traçaram um acordo em julho para envolver credores do setor privado no compartilhamento do ônus da dívida da Grécia após muita discussão com o BCE.
Mercados financeiros mostraram-se impacientes desde então devido ao lento processo de aprovação das reformas, que têm o objetivo de ampliar os poderes do fundo de resgate da zona do euro, a Linha de Estabilidade Financeira Europeia (EFSF, na sigla em inglês).
Países "precisam deixar claro que pagarão suas dívidas" mesmo ao custo de duros ajustes fiscais e mesmo que tenham que vender ativos para levantar o dinheiro necessário", disse Bini Smaghi. Eles também precisam demonstrar aos mercados que têm recursos suficientes para dar suporte a qualquer país da zona do euro que encontre dificuldades financeiras, completou ele. As informações são da Dow Jones
Julgamento do Marco Civil da Internet e PL da IA colocam inovação em tecnologia em risco
Militares acusados de suposto golpe se movem no STF para tentar escapar de Moraes e da PF
Uma inelegibilidade bastante desproporcional
Quando a nostalgia vence a lacração: a volta do “pele-vermelha” à liga do futebol americano
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast