Genebra – Economistas envolvidos com a gestão do euro alertam que a criação de uma moeda única "com credibilidade" não ocorre "da noite para o dia" e lembram que os países europeus passaram por quase 33 anos até que conseguiram fazer com que a moeda circulasse entre os consumidores. Em Frankfurt, no Banco Central Europeu, a avaliação é clara: a moeda única é apenas o ponto final de um longo processo de coordenação de políticas macroeconômicas entre os países.

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O euro é considerado um dos grandes feitos da Europa nos últimos 50 anos. Hoje, mais de 313 milhões de pessoas nos 13 países da zona do euro utilizam a moeda única. Mas nem todos os países que fazem parte da União Européia têm o direito de usar o euro diante de seus resultados macroeconômicos. Vários países do Leste Europeu que aderiram à UE em 2004 ainda lutam para reunir as condições adequadas para ganhar o direito de abandonar suas moedas e trocá-las pelo euro.

A primeira decisão política de criar o euro ocorreu em 1969. Mas só em 1979 Bruxelas opta por criar o Sistema Monetário Europeu, com um mecanismo de câmbio de moedas que define taxas entre moedas européias e a Unidade Monetária Européia (ECU). Em 1992, a Europa fixa um novo prazo para a moeda comum, 2000, e estabelece regras de adesão, entre elas meta de inflação, taxas de juros e déficit público. Em 1994, os governos começam a trabalhar na criação de Banco Central Europeu e nas convergências de políticas econômicas e monetárias dos países. Após décadas de debates, o euro foi introduzido em 1999 como moeda eletrônica e para transações entre bancos e empresas. Em 2002, finalmente, ganhou as ruas das cidades européias.

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Pesquisas atuais feitas pela UE indicam que apenas 48% da população apóia o euro, ante 59% em 2002.