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Análise

Ex-controlador do Cruzeiro do Sul vai ser julgado na CVM em novembro

Preso desde a segunda-feira passada, o ex-presidente do Banco Cruzeiro do Sul, Luis Octavio Índio da Costa, vai ser julgado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) por um outro episódio recente da instituição, a compra do banco Prosper. Marcado para 13 de novembro, às 15h, o julgamento vai tratar sobre "a não publicação tempestiva do fato relevante" sobre o interesse na compra da instituição, então controlada pelo grupo Peixoto de Castro.

O processo na CVM foi aberto em abril deste ano, quatro meses depois da operação ter sido concretizada. O Cruzeiro do Sul comprou 88,7% do Prosper, por um total de R$ 55 milhões. Essa operação não envolveu a corretora do banco, que se tornou independente. O problema é que a operação vazou ao mercado e não foi devidamente esclarecida.

Pelas regras da xerife do mercado, uma empresa deve "divulgar imediatamente o ato ou fato relevante, na hipótese da informação escapar ao controle ou se ocorrer oscilação atípica na cotação, preço ou quantidade negociada dos valores mobiliários de emissão da companhia aberta ou a eles referenciados".

O Cruzeiro do Sul acabou sofrendo intervenção do Banco Central (BC) em 5 de junho O BC identificou em agosto um rombo de R$ 3 bilhões nas contas do banco, que tem patrimônio negativo de R$ 2,2 bilhões. Em 14 de setembro, o BC liquidou as duas instituições financeiras.

Luis Octavio foi preso, na segunda-feira passada, com base em um inquérito que revelou a existência de um esquema de fraudes, desde empréstimos fictícios a resgates ilegais de aplicações de clientes de fundos da instituição. Segundo a investigação da Polícia Federal, o objetivo seria gerar lucros irreais aos próprios controladores.

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