O juiz substituto Cloves Barbosa de Siqueira, da 12ª Vara Federal de Brasília, condenou sete ex-diretores do Banco do Brasil no governo Fernando Henrique Cardoso a pena de até onze anos de prisão mais multa.
Os ex-dirigentes do BB foram acusados pelo Ministério Público por crime de gestão temerária, em função de irregularidades na concessão de empréstimos entre 1994 e 1995 para a construtora Encol, que faliu pouco tempo depois.
Estão na lista de condenados o ex-presidente do BB Paulo Cesar Ximenes e os ex-diretores Edson Soares Ferreira, João Batista de Camargo, Ricardo Sérgio de Oliveira, Hugo Dantas Pereira, Ricardo Alves da Conceição e Carlos Gilberto Caetano. As penas deverão ser cumpridas desde o início no regime semi-aberto.
Os ex-dirigentes vão recorrer da decisão no Tribunal Regional Federal de Brasília. A defesa está sendo feita pelos advogados do BB. De acordo com o consultor jurídico do banco, Antônio Pedro Machado, a defesa se baseará, entre outros, no conceito de "gestão temerária". Ele entende que este conceito só pode ser aplicado se se levar em conta todo o período de gestão do administrador, e não apenas a um caso específico.
As penas deverão ser cumpridas em regime semi-aberto. A decisão da 12ª Vara Federal, de 2 de dezembro, absolveu o gerente Jair Bilachi, que pela auditoria do banco seria o único culpado. O conteúdo da sentença foi divulgado na terça-feira (31) pelo presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), autor da denúncia contra a direção do banco.
Na sentença, o juiz considerou que "a Encol em momento algum teve a disponibilidade financeira correspondente aos créditos liberados".
Brasil não faz “lição de casa” e fica mais vulnerável às tarifas de Trump
Decisão ilegal de Moraes faz cidadã americana denunciar ministro por abuso de poder; acompanhe o Sem Rodeios
Esquerda usa Oscar para forçar discurso contra ditadura e anistia ao 8/1 e desviar foco de crises
A verdadeira razão da invasão russa na Ucrânia (não foi a expansão da OTAN)
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast