O ex-banqueiro Edemar Cid Ferreira, dono do falido Banco Santos, foi transferido no início da tarde desta segunda-feira para o centro de detenção provisória (CDP 2) de Guarulhos. Ele deve aguardar julgamento nessa prisão porque teve seu hábeas-corpus negado pelo Tribunal Regional Federal em São Paulo.
Cid Ferreira ficara os próximos dez dias em regime de observação no CDP 2 e em uma cela com mais dois ou três presos. Depois disso, será transferido para uma prisão comum.
O executivo teve sua prisão preventiva decretada no final da manhã da última sexta-feira pelo Juiz Fausto Martin de Sanctis, da sexta Vara Criminal Federal, por tentar obstruir as investigações e esconder obras de artes arrestadas pela Justiça. Ele ficou todo o final de semana na carceragem da Polícia Federal em São Paulo de onde foi transferido por volta das 14h30 de hoje.
O ex-banqueiro responde a processo por lavagem de dinheiro, formação de quadrilha entre outros crimes.
Seu advogado, Arnaldo Malheiros Filho, dissse em nota que sua prisão não se sustentava porque, segundo ele, seu cliente jamais praticou qualquer ato que perturbasse o andamento das investigações.
O Banco Santos teve sua falência decretada em 20 de setembro do ano passado, após quase um ano sob intervenção extrajudicial. O Banco Central tomou o controle do banco em novembro de 2004.
Os credores perderam cerca de US$1 bilhão aplicados em bancos controlados por Cid Ferreira ou conectados a ele. O banqueiro era considerado um dos maiores colecionadores de arte do país.
