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Caso Ghosn

Ex-executivo da Nissan, brasileiro teria direito a aposentadoria de US$ 40 milhões

Hiroto Saikawa e Carlos Ghosn durante coletiva, em 2018 | JIJI PRESS/
AFP
Hiroto Saikawa e Carlos Ghosn durante coletiva, em 2018 (Foto: JIJI PRESS/ AFP)

Hiroto Saikawa, executivo-chefe da Nissan, aprovou um pagamento de US$ 40 milhões ao ex-presidente da empresa, Carlos Ghosn, que foi preso em novembro pela Justiça japonesa e  colocado em prisão domiciliar no início de março , como pacote de aposentadoria. Saikawa foi determinante, em novembro, na queda de Ghosn.

As informações são do jornal britânico Financial Times e lançam novas dúvidas se executivos de alto escalão da montadora japonesa tinham comhecimento da remuneração do presidente deposto pelo conselho de administração. 

 O executivo-chefe liberou um contrato de trabalho no qual Ghosn atuaria como presidente emérito, de acordo com um documento de 2012 ao qual o FT teve acesso. Este também poderia usar continuamente propriedades da montadora no Rio de Janeiro, Paris e Libano. 

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Estas unidades foram alvo de uma investigação interna no ano passado e constatou que Ghosn atuou de forma inapropriada na aquisição e reforma das propriedades, segundo uma fonte disse ao jornal britânico. 

 Sob o acordo, esperava-se que a Nissan fizesse um pagamento de US$ 40 milhões pelo papel consultivo de Ghosn após sua saída do cargo de presidente e providenciaria um salário anual de US$ 4,4 milhões, que poderia chegar a US$ 6 milhões, no caso de a montadora atingir certas metas. 

 O acordo foi assinado por Saikawa e Greg Kelly, membro da diretoria que foi preso com Ghosn e que é acusado de conspirar com ele para falsificar os relatórios financeiros da montadora. O FT informou que não é claro se a versão a que teve acesso era a definitiva.

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